As empresas de extracção mineira do Lubango, Chibia, Capunda Cavilongo e Gambos, na província da Huíla, carecem de, pelo menos, 115 megawatts/mês de energia para suprimir os gastos com o uso de geradores. Actualmente 13 empresas exploram 16 minas e precisam de energia da rede nacional, dado que o uso de geradores impõe custos de 93 milhões 514 mil e 078 litros de gasóleo/mês, agravada a necessidade de lubrificantes.
Sobre o assunto, em declarações à ANGOP esta Terça-feira, o chefe do departamento provincial da Indústria, Mário Cláudio, considerou a Huíla uma província com o maior número de operadores de rochas ornamentais e debatem-se com custos operacionais, principalmente do gasóleo (400 kwanzas/litro).
Em função dessa dificuldade, o Gabinete para o Desenvolvimento Económico Integrado da Huíla, junto com o das Infra-estruturas e as empresas de produção e distribuição de energia (PRODEL e ENDE), elaborou um plano de electrificação das principais zonas de produção de granito.
A prioridade vai para a electrificação nas pedreiras e unidades industriais, com vista a melhorar o aproveitamento, pois actualmente, nessa linha, só os municípios do Lubango, Chibia e Capunda Cavilongo beneficiam de energia da rede pública.
“É um plano que já existe e está no orçamento do Governo da província desde 2022. Continuamos a pressionar no sentido de ver o mesmo concretizado, que não vai beneficiar só a indústria, mas toda a classe empresarial daquele corredor todo”, reforçou. Frisou que, apesar de já funcionar numa pequena parte do corredor, a energia da rede pública ainda não é estável, razão pela qual algumas empresas preferem trabalhar com gerador, para evitar desperdícios e avarias provocadas pelos cortes espontâneos.
A carência de energia estende-se, segundo Mário Cláudio, às britadeiras e areeiro, cuja necessidade fixada é de cinco MW/mês por estabelecimento. A Huíla tem actualmente mais de trinta empresas de recursos minerais; destas, pelo menos 18 são de rochas ornamentais. Tem ainda oito empresas deste subsector a transformar, destas quatro no Lubango, três na Chibia e uma na Humpata.
A província da Huíla tem uma produção máxima de 73 MW, ao passo que a do Namibe tem 33 MW. A linha de 220 kV tem uma capacidade de 250 MW. Neste momento está em curso o projecto de construção de uma linha de 400kV, com capacidade de 900MW, que vai originar a interligação de toda a região Sul e facilitar a electrificação de toda a região.









