A Fundação BAI celebrou, no último fim-desemana, 29 e 30 de Novembro, os seus 22 anos de existência, através da realização de várias actividades, no Largo do Kinaxixi, em Luanda, em evento que decorreu sob o lema “22 anos de compromisso com o futuro de Angola”
Nestes dois dias, de staca ra m-se actividades culturais e artísticas, incluindo gastronomia, música, exposições de roupas nacionais e produtos de artesanato, recreação infantil, teatro e concertos, realizadas num espaço aberto ao público e para todas as famílias.
A par destas actividades, houve ainda outras de carácter desportivo e de literacia financeira. No quadro das celebrações, sobressaiu o festival de curtas-metragens, que exibiu mais de 20 filmes produzidos por jovens cineastas de Luanda, Uíge e Cabinda, resultado das residências artísticas do projecto Arte nas Comunidades.
As exibições ao ar livre, pelo que consta, reforçaram o compromisso da Fundação com a democratização do acesso à cultura e o estímulo à criatividade da juventude e não só.
Segundo a PCA da Fundação BAI, Inocilina de Carvalho, o primeiro dia contou com uma sessão de cinema a partir das 17 horas, com filmes como As Brincadeiras de Antigamente, A Travar com a Jante, Alambamento, Sabu dya Kianda, Messo Mavimba, Longe do Mar; no segundo painel, Somos Loucos, Samatha, Herança de Guerra, Feio é Meu e o Bonito é Vosso, Laussia, Mototaxistas em Cabinda, O Gueto Venceu, Kioka, Uíge Morgado, Chicumbi, Esseke e A Burla.
“A programação foi concebida em alinhamento com os quatro pilares que sustentam a actuação da Fundação BAI: Educação, Saúde, Cultura e Desporto, pilares que têm guiado projectos de impacto social em diversas províncias e contribuído para o desenvolvimento do capital humano no país”, destacou.
A área da Cultura marcou igualmente presença com actuações de T-Toty Sa’med, Puto Português, Cleiton M, DJ Babalu, Kelson Most Wanted, Mars Luise, Selda e Jovens do Prenda, artistas que levaram ao coração da cidade ritmos capazes de envolver diferentes gerações.
No pilar Educação, estiveram disponíveis actividades didácticas e momentos de partilha para crianças e jovens, preparados num espaço infantil inclusivo e seguro. Inocilina de Carvalho ressaltou ainda que estes são 22 anos, e mais alguns, de normalização enquanto terceiro sector, de muita contribuição e entrega no seio das comunidades, tendo sublinhado o trabalho desenvolvido nos pilares acima mencionados, considerados pela instituição como transformadores da sociedade.
Artesãos satisfeitos
O artesão há mais de vinte anos, Inácio Domingos, disse que participou na feira com o objectivo de partilhar ideias, criar intercâmbio com outros artistas de diferentes disciplinas e, por outro lado, vender os seus produtos, que têm bastante qualidade.
“Apresentei também uma escultura que representa a Rainha Nzinga Mbande, tendo em conta que estamos no largo com o seu nome”, avançou. Por sua vez, Manuela Gaspar, acompanhada do esposo, vendeu toalhas de mesa feitas com pano africano, procurando trazer algo novo aos clientes, associando o útil ao agradável. “Aproveitamos eventos como este para vender um pouco mais do que nos outros dias, está tudo barato”, disse.









