O partido UNITA tomou nota da evolução positiva do reconhecimento dos três líderes históricos, embora tenha qualificado como sendo um “gesto forçado” o anúncio do Presidente da República, João Lourenço, de condecorar os signatários dos Acordos de Alvor — Álvaro Holden Roberto, António Agostinho Neto e Jonas Malheiro Savimbi — no quadro das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional
A posição consta do comunicado final da XXV Reunião Extraordinária do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, realizada na última Segunda-feira, 20 de Outubro, no complexo Sovsmo, em Viana, sob orientação do líder do partido.
Segundo o documento, o órgão do maior partido da oposição “tomou nota da evolução positiva do reconhecimento” dos três líderes históricos, considerando, contudo, que o gesto do Chefe de Estado angolano “resulta de pressão das igrejas, de actores da sociedade civil e da própria UNITA”, e não de uma vontade política genuína.
“O anúncio constitui um gesto forçado, como ficou patente na própria comoção visivelmente exteriorizada pelo Chefe de Estado, detido entre o dever moral de anunciar e a resistência política do partido-Estado, que há décadas nega a história verdadeira de Angola”, lê-se no comunicado.
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