A União dos Escritores Angolanos (UEA) vai ser o palco da celebração do 10.º aniversário do Movimento Litteragris – Círculo de Estudos Literários e Linguísticos, no próximo sábado,18, com uma jornada especial de actividades culturais e académicas que decorrerá a partir das 10h00 até às 14h00
O evento vai congregar membros criadores, docentes, formandos e convidados especiais, num ambiente de confraternização e de homenagem à palavra como espaço de liberdade e criação.
Em alusão à data que assinala o aniversário, a 17 do corrente mês, serão defendidos os trabalhos finais dos últimos cursos realizados pelo Movimento, nomeadamente: Teoria da Literatura e Crítica Literária, Didáctica das Literaturas, Oratória, bem como Metodologia de Investigação Científica.
As defesas representam o culminar de um processo de formação que alinha o rigor académico e o compromisso cultural, de forma a consolidar o contributo do Movimento para a profissionalização e o pensamento crítico na nova geração de escritores, professores e investigadores angolanos, lê-se na nota enviada ao OPAÍS.
O programa do evento inclui ainda uma mesa de reflexão sobre a história e o legado do Litteragris, que vai abordar o seu impacto nos artistas da nova geração, que encontram no Movimento um espaço de diálogo, partilha e criação intelectual.
Experiência dos membros
O Movimento Litteragres é constituído por vários jovens artistas e críticos literários que se afirmaram no panorama da Literatura Angolana, como é o caso de Edmira Cariango Manuel, crítica literária e membro do Movimento há seis anos.
Para ela, o Litteragris é uma escola que contribui significativamente para o seu desenvolvimento pessoal e profissional. “Apesar de estar na faculdade de letras, eu não era capaz de fazer a abordagem de um livro.
Foi pelas formações, pelas leituras recomendadas, pelo acompanhamento dos membros mais antigos que comecei a aprender mais o ofício da escrita do pensamento”, declarou com emoção na sua conta do Facebook.
Já Lu Kyese, novo membro do Movimento, disse que no começo da integração teve medo, por conta da responsabilidade que lhe foi incumbida: encarar um público de escritores, docentes, estudantes e críticos. Apesar dos desafios enfrentados e, com o passar do tempo, encontrou o seu espaço na organização.