As autoridades administrativas da comuna do Mulondo mostram-se preocupadas com a exploração de madeira por empresas desconhecidas e que não cumprem com a obrigação de repovoamento das árvores.
A preocupação foi manifestada em entrevista exclusiva ao Jornal OPAÍS pela administradora comunal do Mulondo, município de Capelengo, Lúcia Ngueve.
À nossa equipa, Lúcia Ngueve revelou que da comuna que dirigem, saem entre dois a três camiões carregados de touros de madeira para um destino ainda desconhecido.
Sem revelar o número de empresas que se dedicam a exploração de madeira na comuna, Lúcia Ngueve, disse que a administração tem domínio da existência destas empresas, porém, desconhece a sua situação legal que confere o direito de exploração deste recurso que aos poucos vai se esgotando a nível do município de Capelengo, com grandes prejuízos ao ambiente, que já começa a reclamar da acção humana.
“Temos conhecimento de que existe na nossa comuna empresas que se dedicam à exploração de madeira, mas não temos na nossa base de dados qualquer informação sobre elas”, começou por dizer.
Lúcia Ngueve acrescentou que o que mais preocupa é falta de cumprimento daquelas obrigações da legislação ambiental, sobretudo a apresentação de um relatório sobre o impacto ambiental e a reposição das árvores que estas empresas vão abatendo para a produção de madeira.
Por outro lado, Lúcia Ngueve, informou que administração que dirige vai nos próximos tempos realizar um trabalho de catalogação de todas as empresas que actuam na exploração de madeira no município para que se possa ter um maior controlo sobre as mesmas.
Por: João Katombela, na Huíla