Longe de qualquer publicidade gratuita sobre o produto, vem, acima de tudo, uma preocupação de saúde pública. Meus senhores, a bolacha Hipopó, por muito tempo, já foi líder no mercado, principalmente a de chocolate, a minha favorita.
No mercado nacional, sobretudo em Luanda, ela já foi comercializada entre 150, 200, 250, 300 e, nos últimos anos, 350 kwanzas, por conta da subida dos preços das cestas básicas.
Até aí, tudo bem. Porém, actualmente, um “milagre” aconteceu: a bolacha que era 350 kwanzas agora, do nada, custa 100 kwanzas.
Já viram isso? Na cabeça do angolano, quando um produto cai dessa forma, só duas coisas estão acontecendo: ou já expirou, ou vai expirar dentro de alguns dias.
Mas não é isso que está acontecendo com a bolacha hipopó. Nisso, chamo a atenção, sobretudo dos adultos, estes que têm o poder de verificação apurada. Para muitos, a bolacha tem um cheiro tóxico bastante forte e, provavelmente, com a data adulterada.
Não é possível, nesta altura do campeonato, em que todos os preços estão altos, essa hipopó mesmo custa apenas 100 kwanzas? E num momento em que arranca o ano letivo, é um dos grandes perigos de propagação do consumo em grande escala, pois ela está bastante activa na venda ambulante, mercados informais e paragens de táxis, onde há maior concentração de gente.
No entanto, apelo ao Ministério da Indústria e Comércio, juntamente com a Inspeção Geral das Actividades Económicas, uma fiscalização urgente, para que se evitem males futuros relacionados a esse consumo. Contudo, “quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Hipopó a cem kwanzas, depois de chocolate?
POR: Elácio Domingos