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A bomba silenciosa nas empresas: A imprevisibilidade do trabalhador descontente

Jornal OPaís por Jornal OPaís
14 de Julho, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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A bomba silenciosa nas empresas: A imprevisibilidade do trabalhador descontente

Em ambientes empresariais cada vez mais exigentes, um factor silencioso, porém poderoso, tem ganhado espaço nas discussões de gestão: a imprevisibilidade do trabalhador descontente. Quando a insatisfação se instala, a previsibilidade do comportamento humano (base de qualquer planeamento organizacional) começa a ruir. Nas empresas, os gestores procuram planificar as metas, gerir os recursos e prever diferentes cenários.

Mas como prever o que fará um trabalhador frustrado, mal compreendido ou invisível para os seus superiores? A resposta é simples: não se prevê. E é aí que mora o perigo.

A imprevisibilidade de um trabalhador descontente pode representar um desafio significativo para a gestão organizacional. Esse conceito envolve a dificuldade de prever as acções, reacções ou atitudes de um colaborador que se encontra insatisfeito com seu ambiente de trabalho, condições laborais, liderança ou políticas internas.

Mais afinal, o que significa a imprevisibilidade de um trabalhador descontente?

Trata-se da incerteza comportamental gerada por um estado emocional negativo. Funcionários descontentes podem não demonstrar abertamente seu estado emocional. Continuam a comparecer ao trabalho, a cumprir tarefas mínimas e a participar de reuniões.

Mas, por dentro, alimentam uma espécie de resistência silenciosa que pode transformar-se, a qualquer momento, em desmotivação generalizada, conflitos internos, ou até acções mais drásticas, como abandono do posto, sabotagem ou exposição pública da organização.

“Hoje, o maior risco não é apenas perder um bom trabalhador, mas não perceber que ele já se perdeu emocionalmente dentro da empresa”, especialistas em comportamento organizacional, afirmam que a raiz do problema está, muitas vezes, na falta de diálogo e no modelo de liderança autoritário ou indiferente, ainda comum em muitos sectores.

A situação é particularmente visível em contextos como o angolano, onde muitos trabalhadores enfrentam jornadas longas, baixos salários e pouca valorização profissional.

Com poucas oportunidades de ascensão e um ambiente de trabalho muitas vezes centrado na obediência e não na participação, cresce o número de profissionais que se calam até não poderem mais.

Como resultado desta realidade, as Empresas perdem a eficiência, o clima organizacional torna-se deteriorado, e os gestores muitas vezes vêem-se surpreendidos por atitudes “inesperadas”. Especialistas apontam que é possível reverter esse quadro.

“Ouvir o trabalhador, permitir que ele expresse as suas inquietações e criar canais de escuta activa não é luxo, é necessidade”, diz a psicóloga do trabalho Ana Maria dos Santos.

Segundo ela, medidas simples como rodas de conversa, pesquisas internas e valorização dos pequenos sucessos fazem diferença. A imprevisibilidade do trabalhador descontente é como uma bomba-relógio silenciosa: pode não ter barulho, mas o estrago é real. E para desactivá-la, não é preciso alarde. Basta escutar de verdade antes que seja tarde demais.

Por: YONA SOARES

  • Advogada e Gestora de Recursos Humanos
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