O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), Vicente Soares, disse que a 17.ª edição da Cimeira Empresarial EUA-África, ocorrida recentemente em Luanda, fez renascer os vários acordos já existentes entre as instituições angolanas e do exterior, tendo apelado para uma maior seriedade na conservação das parcerias obtidas
Em declarações a este jornal, Vicente Soares considerou proveitosa a participação da CCIA nos dias da realização do fórum de negócios entre os Estados Unidos e o continente africano, afirmando que a interação da Câmara com diferentes investidores estrangeiros reforçou a realização de alguns acordos entre as empresas angolanas e de outros países.
O interlocutor incentiva as instituições angolanas a conservarem os acordos que resultaram da Cimeira EUA-África, aconselhando-as a manterem o foco para a concretização dos projectos abordados.
Referiu que os Estados Unidos mostram-se sérios no que toca aos acordos, daí que apela para a seriedade de todos o envolvidos nos acordos, não só afirmados com os EUA, como também os assinados com os outros países africanos.
“Aos empresários estendo os meus incentivos, foco, mas acima de tudo seriedade, pois, os americanos, nesse aspectos são muito rigorosos. Nós podemos ter os pré-acordos, ou acordos, mas se não agirmos na hora certa, depois tudo acaba no desinteresse”, apelou Vicente Soares.
Por outro lado, o presidente da CCIA sugere que as instituições com acordos pré-estabelecidos procurem o apoio de consultores, no sentido de desenvolverem da melhor forma os projectos e fechar as negociações.
Acordos pré-estabelecidos
Com a República de Cabo Verde, através da Embaixada, em Luanda, Vicente Soares disse que teve, durante a Cimeira EUA-África, a oportunidade de abordar o estreitamento das relações das Câmaras de Comércio e Indústria dos dois países.
O dirigente sublinhou que já existe um protocolo de cooperação entre as associações industriais dos dois países, mas o que fez ressurgir novamente o encontro foi a intenção de assinatura de um novo acordo, que dará lugar a constituição de um Conselho de Negócios entre Angola e Cabo Verde. Segundo Vicente Soares, tratase de um trabalho que o sector privado angolano está a desenvolver com Cabo Verde.
É ainda um processo embrionário, que requer uma análise de ambos os países. Por outro lado, a CCIA manteve um outro encontro com os representantes da Câmara da República da Guiné Equatorial, no sentido de os países mobilizarem os empresários para participarem de um fórum de negócios que haverá entre China e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Vicente Soares sublinhou que a Guiné Equatorial, sendo o próximo anfitrião do Fórum ChinaPALOP, mereceu a atenção de Angola, no sentido de fomentar as relações que existem há longos anos, sendo que a conversa que houve durante a Cimeira serviu, igualmente, de reforço da amizade das partes.
“Nós já temos uma relação de longa data com a Guiné Equatorial, no quadro do Fórum entre a China-PALOP, o encontro foi mais uma conversa para reforçar a nossa relação e aproveitar para incentivar os empresários dos países a participar do evento China-Espanha”, afirmou.
Vicente Soares explicou que a sua associação também abordou, com diferentes empresários de outros países africanos, a possibilidade de atrair investimentos para o sector da habitação social, em Angola.
O final da 17.ª edição da Cimeira Empresarial EUA-África, segundo Vicente Soares, foi por outro lado marcado pelo convite dos empresários angolanos para investirem no mercado dos EUA.