Angola, na condição de ser o segundo país africano de língua oficial portuguesa a acolher um grande encontro de interconectividade empresarial, após Moçambique, poderá adiantar a sua integranção em cadeias de valor globais, no reforço da cooperação económica com os EUA e outros parceiros, segundo o economista Diógenes Lenga
Na v i s ã o d o e c o n o m i s – ta o evento r e p r e s e n t a u m m a r c o e s t r a t é g i c o para a nação angolana, tanto do ponto de vista económico como diplomático.
De uma forma geral, entende que a cimeira irá impulsionar também a criação de empregos, transferência de tecnologia e inovação entre as partes envolvidas. E com uma previsão de estarem presentes mais de dois mil delegados entre Chefes de Estado e de Governo, investidores do sector privado, executivos corporativos e instituições financeiras internacionais provenientes dos Estados Unidos da América e dos países africanos, o certame reforça o progresso de uma Angola com o potencial de ser reconhecida como actor-chave na economia africana “Especialmente num ano simbólico em que o país celebra 50 anos de independência e assume a presidência da União Africana”, contextualizou o economista.
Dentre os principais atractivos, a Cimeira pretende projectar a imagem de Angola na arena internacional, promovendo uma maior divulgação de suas potencialidades económicas e criando oportunidades para futuros investimentos estrangeiros.
Diógenes Lenga sustenta que, com a presença de entidades confirma-se, igualmente, o papel de Angola como plataforma de diálogo e cooperação internacional. Relativamente à diversificação económica e desenvolvimento sustentável, a cimeira oferece para o país uma plataforma de apresentação do poder industrial e de promoção de oportunidades de investimento que vão em sectores, muito além do petróleo, tais como agricultura, energia renovável, infraestruturas e indústrias criativas.
“O reforço da cooperação económica com os EUA e outros parceiros internacionais pode acelerar a integração de Angola em cadeias de valor globais, impulsionando a criação de empregos, transferência de tecnologia e inovação”, afirmou.
Fortalecimento da Diplomacia Económica
No quadro da diplomacia económica, conforme descreveu Diógenes Lenga, a reunião em destaque valoriza o trabalho de diplomacia económica do Executivo, consolidando o país como um interlocutor relevante nas relações entre África e grandes potências, como os Estados Unidos.
“A cimeira simboliza um novo capítulo na parceria estratégica entre África e EUA, com Angola desempenhando papel central em temas como segurança energética, paz regional e soluções para desafios globais”, explicou o analista económico.