O Presidente da República de Angola e da União Africana, João Manuel Gonçalves Lourenço, destacou a necessidade de se olhar para o Fórum como uma peça fundamental nas relações económicas entre África e os Estados Unidos da América, salientando que o continente berço já não é só de grande potencial de riqueza mineral e outros recursos, mais cada vez mais de decisões transformadoras.
Ao discursar na abertura da 17ª Cimeira EUA-África, a decorrer de 22 a 25 de junho, em Luanda, o Chefe de Estado avançou que África tem trabalhado para desenvolver os seus países, a fim de proporcionar mais postos de trabalho e reduzir a saída da população com destino a Europa.
“Pretendemos e estamos a trabalhar para electrificar e, consequentemente, industrializar nossos países, acrescentando valor às nossas matérias-primas, aumentando a oferta de postos de trabalho, para evitar o êxodo dos nossos jovens que constituem nosso maior activo, fazerem a perigosa e humilhante travessia pelo mediterrâneo com destino a Europa e outros lugares na busca de emprego e condições de vida”, afirmou o PR.
Como não deixaria de ser, João Lourenço destacou também os investimentos que estão a ser feitos em sectores que estão a proporcionar uma outra visão do continente africano, realçando a imponência do Corredor do Lobito, cujo impacto será de dimensão elevada.
“Do Norte ao Sul e do Atlântico ao Índico, multiplicam-se investimentos estruturantes que estão a moldar um novo panorama económico africano, desde o Corredor do Lobito, que vai ligar por linha férrea o porto do Lobito no oceano Atlântico, ao porto de Dar-Es-Salam no oceano Índico e promete transformar o comércio intra-africano e intercontinental”, destacou.