O presidente da Associação das Empresas de Bio Saneamento de Angola (AEBSA), José Palanca, revelou ao jornal OPAÍS que este órgão está a trabalhar num projecto de universalização do saneamento básico em Angola, que ajudará a resolver os problemas registados neste sector
O nosso país conta, a partir de hoje, com a AEBSA, a primeira entidade no país inteiramente dedicada a representar e unir as empresas do sector do saneamento com enfoque em soluções ecológicas, tecnológicas e sustentáveis, e responder aos grandes desafios urbanos e sociais do século XXI.
Em conversa com o jornal OPAÍS por ocasião da apresentação oficial da referida associação, o engenheiro ambiental José Palanca disse que a criação da Associação das Empresas de Bio Saneamento de Angola (AEBSA) marca uma viragem importante na abordagem do saneamento básico em Angola, integrando as agendas de desenvolvimento económico, saúde pública e justiça ambiental.
“Além de actuarmos como interlocutor entre os operadores económicos, o Estado e a indústria, vamos operar na questão de projectos e iniciativas para promoção da ciência e tecnologia do treinamento básico, bem como na promoção da universalização do saneamento básico”, disse.
É nesta senda que aproveitou para avançar que, embora a comissão instaladora da associação funcione há 2 anos, têm um número considerável de associados, desde empresas a pessoas individuais e já estão a trabalhar, por exemplo, no projecto de universalização do saneamento básico de Angola, que já terminaram a fase piloto no município de Belas.
O evento de hoje reunirá representantes governamentais, empresários do sector, especialistas em sustentabilidade e órgãos de comunicação, para apresentar os princípios orientadores da AEBSA e o seu plano de actuação a curto e médio prazo.
Dentre as acções estão as voltadas à água residual, à gestão de resíduos, à promoção do tratamento e distribuição de água, porque perceberam que há escassez do ponto de vista técnico, do ponto de vista operacional, do ponto de vista da formação dos operadores de saneamento básico, tanto das empresas que tratam da sucção e tratamento de água, das que tratam de gestão de resíduos ou das que tratam do controlo de vectores urbanos.
Por outro lado, também perceberam que há um vazio na questão da promoção de iniciativas voltadas à universalização do treinamento básico. Iniciativas como “acções de levar água nas comunidades de difícil acesso, promover a higienização e o treinamento básico nas comunidades de difícil acesso, desde a infraestrutura, pequenos sistemas de baixo custo, como também a educação sanitária”, defende.