A mãe da menina Eduarda Luísa, Júlia Dias, não entende as razões de, seis meses depois, os supostos culpados da morte não terem sido responsabilizados, no âmbito do processo-crime que corre trâmites na PGR. Disse, segunda-feira, 05, em Benguela, ter sido notificada apenas uma única vez para acareação com a dona do cão, o animal cuja mordedura ditou a morte da menina. A menor perdeu a vida depois de lhe ter sido negada a administração de uma vacina contra a raiva por parte de técnicos da Delegação Municipal da Saúde, alguns dos quais arrolados no processo-crime por suposta negligência médica
O processo corre trâmites na Procuradoria-Geral da República e a última diligência até aqui feita – segundo informações colhidas por este jornal – consubstanciou-se em acareação das partes envolvidas. Fontes judiciais esclareceram que, neste momento, o processo obedece a um ritual legal próprio, ao mesmo tempo que alegaram «segredo de justiça».
O subprocurador da República titular de Benguela, Simão Cafala, não atendeu a várias ligações deste jornal. Até à altura em que expelíamos esta peça, não tínhamos conseguido reter dele nenhuma palavra.
Entretanto, em Abril, na semana da legalidade, em declarações à imprensa, o procurador deu nota de um processo-crime sobre negligência médica, que tinha sido bastante mediatizado, e seguia o seu curso normal, tendo prometido outras novidades quando se justificasse.
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