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Um ano sem o Handanga

Domingos Bento por Domingos Bento
19 de Março, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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A cultura angolana registou, ontem, um ano de morte de Justino Handanga, tido como a representação máxima da voz do sul do país, sobretudo da província do Huambo, terra que o viu nascer, no bairro do Ndoluka, comuna da Luvemba, município do Bailundo, no dia 1 de Janeiro de 1969.

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Com uma estética musical de notável reconhecimento, devido à preservação da cultura da região sul que, cuidadosamente, preservou na sua arte, Justino Handanga partiu para outra dimensão no dia 18 de Março de 2024, tendo deixado um legado de elevado prestígio que ultrapassa o seu tempo.

Contas feitas, podemos convergir na ideia de que mais gerações ainda vão ouvir, dançar e reflectir os valores que Justino Handanga deixou registados nas suas vibrantes e contagiantes canções desde o Paulina, Ndatekateka, Olonamba, Onjongole Yatenlissiwa, ombembwa e outros temas que ainda nos tocam o diaa-dia.

E todos esses sucesso que até hoje tocam os corações de muita gente e arrastam tantos às pistas de dança só foram possíveis graças à qualidade e à beleza que sempre demonstrou na sua arte.

E essa preocupação com o saber fazer rendeu a Justino Handanga todas as homenagens, mesmo quando em vida, tendo, como prova destes meus escritos, os prémios e distinções com que já foi agraciado, como são os casos de melhor música popular do Sul de Angola – Angola Music Awards 2013, Prémio Nacional de Cultura e Arte 2013, Prémio LS Republicano 2013, Embaixador do COCAN 2010 e 3º lugar do Top dos Mais Queridos de 2005.

Handanga, que morreu aos 56 anos de idade, vítima de doença, era tão defensor da cultura da região sul do país que nunca abandonou a sua terra natal para viver em Luanda ou em outra parte do mundo, como fazem, regra geral, a maior parte dos artistas depois de atingirem o auge da carreira. Eu, particularmente, não tive muito contacto físico com ele.

Mas, lembro de termos nos cruzado numa actividade no Lubango, capital da província da Huíla. E do pouco que conversamos, percebi que o Handanga respirava tudo que a cultura do sul diz respeito.

A preocupação que tinha com a música era a mesma com a dança, a língua Umbundo e outras manifestações culturais da região que o viu nascer.

O Justino Handanga foi uma escola e fonte de aprendizado do que é essencialmente nosso, sem vergonha nem pressa de atingir outros palcos.

Acompanhando a sua arte há anos, percebi facilmente que o Justino Handanga não precisava correr atrás do sucesso. Aliás, as suas canções “batiam” primeiro na região sul do país e só depois é que se espalhavam por Angola toda.

O Handanga era a prova de que nem todos precisamos de Luanda para conquistar o espaço que lhe é devido. Basta que se faça com respeito, dedicação e espírito de entrega que o sucesso chega aonde quer que o artista esteja para, posteriormente, as grandes produtoras correrem atrás.

Recentemente, o músico Yuri da Cunhada e o filho do próprio Justino Handanga fizeram uma homenagem ao artista no Huambo e que mereceu a ovação e o aplauso de muitos segmentos da nossa sociedade.

Essa respeitosa e digna homenagem foi um sinal claro de que é preciso não deixar morrer o legado bonito de Handanga.

Entretanto, apesar de o artista ter partido fisicamente, é imperioso e obrigatório manter viva a sua arte, sobretudo para o sentido da educação e ensinamentos que essa nova geração muito precisa.

E esse compromisso de manter viva a arte de Justino deve ser uma política de Estado se aceitarmos que, mais do que ser dançada, a música do Handanga tem valores e é um activo forte neste processo de resgate da moralização da sociedade que muito precisamos para orientar os nossos jovens do quão é importante amar a pátria e fortalecê-la através da cultura.

Em termos práticos, estamos a falar da preservação do seu vasto repertório, a atribuição do seu nome a instituições, ruas, avenidas e outros locais e sítios de interesse público. Só desta forma é que vamos manter viva a sua memória, porque os nossos nunca morrem.

Apenas brilham noutra dimensão que não podemos alcançá-los, mas podemos senti-los sempre que ouvirmos e contemplarmos o que de melhor nos deixaram. Bom descanso, Justino, já estamos cheios de saudades!

 

*Jornalista

Domingos Bento

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