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Reflectindo sobre o 25 de Maio: que África temos, que África pretendemos construir?

Jornal Opais por Jornal Opais
24 de Maio, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Ao comemoramos neste ano o dia 25 de Maio por ser uma data que marca o dia da fundação de África, é crucial analisarmos o rumo que o continente tem vindo a tomar ao longo desses anos, e sobretudo olharmos aos níveis de esforços que tem vindo a se empregar no desenvolvimento que se quer ver para o Continente em si, face aos seus objetivos e metas traçadas a longo prazo, fazendo jus a agenda 2063 da União Africana.

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A África de hoje é uma mistura complexa entre; o desejo de mudança e o ego por parte de alguns líderes/ governantes que estão cada vez mais preocupados em engordar seus próprios bolsos do que com o bem-estar e o progresso coletivo.

Ao olharmos para os desafios que África ainda enfrenta desde o período que marca o início da sua independência, isto é, a década de 60 e até aos dias de hoje, percebe-se que a maior parte dos problemas que a África tem vindo a enfrentar, a sua maioria não é sobre a ressaca da colonização, é sobre a falta de interesse em progredir colectivamente por parte de seus líderes – Já dizia alguém: a África deve ser responsável pelos seus próprios erros e deixar de continuar a culpabilizar terceiros pelos seus avanços reduzidos.

A situação política, económica e social que a maior parte dos países africanos ainda enfrenta, e que na vida diária vai se reflectindo, como pobreza, desigualdades sociais, conflitos entre grupos étnicos, Golpes de Estados e não só, semelhante ao que se vive até hoje na região dos grandes lagos, golfo da Guiné e no chifre de África e a falta de políticas públicas adequadas e soluções diplomáticas eficazes, são indicadores de que África temos e de que rumo o continente tem vindo a tomar ao longo desses anos.

SITUAÇÃO POLÍTICA:

A situação política continua ainda a sofrer baixas profundas nas mais variadas vertentes; Os golpes constitucionais que antecedem aos golpes de Estados continuam a ser um dos factores que mais atrasam o desenvolvimento dos próprios países em si, a consolidação da democracia, e sobretudo no cumprimento do seus programas eleitorais e concomitantemente a agenda 2063 da própria União africana.

Uma das Aspirações da Agenda 2063 da União Africana citada no capítulo 3.° (Aspirações)-é o fortalecimento das instituições democráticas e o respeito pelos direitos humanos, Justiça, e o Estado de direito.

Ao olharmos para os esforços na vida prática, fica difícil alcançar este Desiderato quando os golpes constitucionais fundamentados por egos pessoais de entidades que deviam ser um exemplo de democracia,ecoam mais alto do que o interesse coletivo.

Os avanços diários são os reflexos notáveis do nível de interesse na prossecução e materialização desta mesma agenda, é evidente que muitos Países africanos ainda reprovam nesta matéria.

As rivalidades étnicas e tribais que ainda se vive na Região dos Grandes Lagos e não só, dada a sua durabilidade, são também um indicador de que o problema de África não são os povos, mas o sistema político instaurado, que não é capaz de promover a inclusão e governar os povos sem a exclusão de grupos.

Um sistema político que não é inclusivo e que exclui o seu próprio povo de participação e dos seus benefícios, não serve para ser aplicado ao contexto africano, deve, ao meu ver, imediatamente ser refutado.

SITUAÇÃO ECONÓMICA:

A situação económica acaba sendo o reflexo das políticas públicas que são desenhadas e, muitas vezes, são banhadas por insucessos de interesses de uma única classe (governante).

A dificuldade da gestão dos recursos públicos de forma coerente e a sua divisão de forma justa ainda é um défice que muitos dos países africanos continuam a enfrentar.

Os números altos de empréstimos externos que se vai solicitando acabam sendo distribuídas em áreas que muitas vezes são desconhecidas por todos, até mesmo pela população local.

Quando até as áreas fundamentais como educação e a saúde acabam mergulhadas constantemente nas ondas da carência, ou por receber migalhas para o seu fomento e manutenção.

E isto, de um outro lado, acaba por denunciar logo o nível de interesse e compromisso com a educação e a saúde por parte dos que governam.

SITUAÇÃO SOCIAL:

O aumento do custo de vida por conta das políticas públicas que são aplicadas e que beneficiam apenas a classe governante, acaba por ser um dos vectores cruciais na instigação da emigração e na fuga de quadros como um todo.

A cada ano, países africanos vão perdendo o capital humano em um número em massa por conta desses factores.

A população local acaba por se sentir excluída da agenda dos seus governantes e o resultado é o abandono e a procura de melhores condições de vida no sentido figurativo( ninguém se desenvolve em terra alheia).

O 25 de Maio é um lembrete anual robusto dos compromissos e responsabilidades que todos nós temos para com a África e para com os africanos que compõem as gerações actuais e futuras.

A África é de todos os africanos, e cada um tem a responsabilidade de participar e contribuir com alguma coisa. Seja como puder fazer, e não é calados que se verá a mudança e o desenvolvimento desejados.

Os africanos devem participar! Os africanos devem falar! Em última análise, a África que desejamos construir é aquela que reflecte os valores de justiça, prosperidade e dignidade para todos os seus habitantes.

À medida que celebramos o 25 de Maio, devemos renovar nosso compromisso de trabalhar juntos para alcançar essa visão compartilhada.

Somente assim, poderemos construir uma África verdadeiramente próspera, pacífica e inclusiva para as gerações presentes e futuras.

 

Por: AFONSO BOTÁZ

 

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