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Trabalhadores preterem festejos do 1.º de Maio apesar do apelo dos partidos políticos

As Centrais Sindicais decidiram, ontem, no Dia Internacional dos Trabalhadores, fazer um protesto em silêncio, sem desfile, muito menos festas, em sinal de tristeza pelo custo de vida da maioria dos trabalhadores angolanos e do pendente relativamente às negociações entre o Executivo e os sindicalistas

Jornal Opais por Jornal Opais
2 de Maio, 2024
Em Destaque, Política
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Trabalhadores preterem festejos do 1.º de Maio apesar do apelo dos partidos políticos

Por deliberação das centrais sindicais, o porta-voz, Teixeira Cândido, na última conferência de imprensa, em que havia anuncia- do a segunda fase da greve geral na função pública, avisara que nenhum trabalhador sairia à rua para a habitual marcha, que marca o Dia Internacional do Trabalhador, como forma de protesto, facto que ontem acabou por acontecer.

Segundo o porta-voz das centrais sindicais, a data serve de reflexão, numa decisão unânime da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos- Central Sindical (UNTA-CS), a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (SILA) e a Força Sindical Angolana (FSA-CS). Este ano, as centrais sindicais decretaram uma greve geral interpolada em três fases.

A primeira decorreu entre os dias 20 e 22 de Março, a segunda entre 22 e 30 de Abril. A terceira está prevista para o dia 3 de Junho e pode durar até 11 dias. Teixeira Cândido esclareceu que desde a entrega do Caderno Reivindicativo ao Governo, no ano passado, a classe representativa dos trabalhadores não recebeu outra proposta que pudesse impedir o ciclo de greves.

No entanto, e apesar do cenário, os principais partidos políticos saudaram a data e encorajaram ao diálogo entre as partes. De igual modo, emitiram as suas declarações com a expressa manifestação de solidariedade a todos os trabalhadores de Angola.

O Bureau Político do Comité Central do MPLA, partido que sustenta o Executivo, na sua declaração, saudou efusivamente os cidadãos nacionais e estrangeiros que exercem actividade laboral em Angola, agradecendo o contributo prestado na hercúlea missão de desenvolvimento do país que, segundo refere, precisa de todos para o servir e fazer crescer.

Segundo ainda o MPLA, este ano, a data é celebrada a coberto de uma nova Lei Geral de Trabalho que, de modo geral, foi aplaudida pelas centrais sindicais e pelos trabalhadores em geral, bem como pelas entidades empregadoras que reconhecem os avanços nela constante, na visão de ter sido o corolário de um debate amplo, inclusivo, visando a satisfação das preocupações de todos.

O Bureau Político do MPLA reitera que o trabalhador angola- no continua no centro da atenção, como a vanguarda das políticas voltadas à promoção do bem-estar e à melhoria da sua qualidade de vida e das suas famílias e, por isso, continuará a valorizar este extrato relevante da sociedade, com o qual mantém diálogo permanente.

O MPLA aproveita a ocasião para manifestar a sua total confiança num desfecho auspicioso no processo de conversações em curso entre o Governo e as Centrais Sindicais, as quais reconhece como parceiros estratégicos e interlocutores válidos na busca das melhores soluções para as inquietações da classe trabalhadora.

UNITA

Por sua vez, a UNITA, maior partido na oposição, refere na sua declaração que se solidariza com todos os trabalhadores, em particular os angolanos, que dão o melhor de si para o desenvolvimento e o sustento das suas famílias.

O partido UNITA solidariza-se também com a greve interpolada das centrais sindicais, face à perda do poder de compra dos trabalhadores e exorta o Executivo a tomar medidas consistentes e eficazes para a resolução dos problemas que afectam as famílias e as empresas.

CASA-CE e BD

Saudou ainda a data a CASA-CE que, na sua comunicação, atribui ao MPLA a culpa do sofrimento dos angolanos, e que a solução passa pela saída deste par- tido do poder, e assim o país será dirigido por patriotas.

Já o Bloco Democrático, que se apresenta como um partido que defende os princípios da democracia participativa, também saudou o 1.º de Maio, apesar de assinalar a efeméride num ambiente de angústia e incerteza, patenteada pela teimosia do poder que se recusa a escutar as justas reivindicações dos trabalhadores por melhores salários, condições de trabalho e segurança social.

O Bloco Democrático concorda com a decisão dos sindicatos em não sair à rua para desfilar e festejar, por considerar não haver motivação para festa. Tal como os outros partidos, solidariza- se com todos os trabalhadores e considera que o Executivo deve agir para se converter a degradante situação social em que o país vive. Até ao fecho desta edição, o PRS, a FNLA e PHA não se pronunciaram sobre a data.

Por dentro do dia

Em 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos EUA, para reivindicar a redução da jornada laboral de 13 para 8 horas diárias. Nesta altura, houve uma greve geral em todo o país.

Vários operários foram mortos durante a manifestação e, 4 dias depois, voltaram às ruas para retomar a luta contra as condições de trabalho desumanas que viviam. Esta luta dos trabalhadores só foi reconhecida em 1989 – acima de 100 anos depois. Por outro lado, a entrada das mulheres no mercado de trabalho remunerado só aconteceu em 1914 com a 1.ª Guerra Mundial.

A 8 de Março de 1917, milhares de mulheres na Rússia se reuniram em protesto e greve por melhores condições de trabalho e de vida. Esta data é mundialmente assinala- da como o Dia Internacional da Mulher, o rosto da luta pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e de melhoria das condições laborais. Em Angola, esses direitos estão formalmente garantidos pela Constituição, assim como a igualdade entre mulheres e homens.

Fonte: POR: José Zangui
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