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Escrever é o quê? (Parte 2)

Jornal Opais por Jornal Opais
5 de Março, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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O nosso Huambo noutros tempos foi celeiro de excelentes escritores, mentes lentes escreventes, munidos de grande qualidade na conversão das lágrimas do povo, da rica miséria que pairava no seio do povo em símbolos gráficos, ressignificando as lamúrias sulinas e advogando sempre o interesse colectivo.

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Fruto disso, preferíamos crer que escrever é um acto colectivo, pelo facto de um escrever e os outros viverem a realidade textual, coisa que actualmente não seja constatável em vários textos publicados.

A parte disso, o que mais inquieta reside no facto de que escrever pressuponha promover revolução (mudança) em termos de mentalidade colectiva.

Agora, sem sombra de dúvida, sem fanatismo, analisemos as seguintes questões: os escritos locais nos últimos tempos terão promovido mudanças na consciência colectiva?

Os mesmos trazem novas perspectivas de reconstrução da consciência social? Reúnem condições conteudísticas para estudá-los nas instituições de ensino? Reflectem a realidade social? Quantos escritores investigam para escrever? Quantos escritores escrevem de forma artística a realidade social? Quantos escritores permutam a dignidade dos seus escritos com ambições político-partidárias? Pensemos nisso e, depois de alguns minutinhos, respondámo-nos sem medo, sem vergonha, e sejamos honestos.

Que situação! Para nós não seria possível escrever com alma pura, sem antes ler diversos livros que expressam isso; a leitura é muito importante na construção da autenticidade, desenvolvimento cognitivo e comportamental.

Porém, escrever não seria um comportamento normal, mas sim natural, pois o normal é seguir padrão, regras, normas e tudo aquilo que é imposto pelo universo externo, levando à fuga de identidade, facto na nossa realidade, por haver mais cópias escreventes do que escrito[re]s originais.

Escrever seria natural, seguindo a essência da autenticidade, criando um mundo de conexões entre escritor e potenciais leitores.

Por mais estranho que pareça, escrever seria vida, pois através de um escrito seria possível ressignificar vidas, ressuscitar vidas mortas, devolver sonhos, colmatar vazios, levar luz aos subúrbios mais escuros, gerar e enxugar lágrimas, flexionar emoções, enfim, superar dores. Razão pela qual se diz que quem lê um livro não é a mesma pessoa. Concordamos completamente.

Olhando nos parágrafos anteriores, notamos a necessidade de melhorar neste quesito a nível do nosso Huambo, porque esta coisa de alguns tantos se considerarem mente lente escrevente não ajudaria em nada na qualidade.

Daí, reconhecemos que esta terra, em termos de escritores, sob ponto de vista quantitativo, terá crescido mais do que se possa conceber, mas, sob ponto de vista qualitativo, terá decrescido dois, três, quatro, e até mesmo cinco lugares.

Porquê? No próximo ensaio, abordaremos. Por regra social, científica ou artística, não se concebe que um escritor apresente tantas dificuldades no manuseio do seu instrumento de trabalho, a língua, a ponto de haver quem em cada três palavras, acerte apenas uma, seja escrevendo ou falando; há ainda quem, numa entrevista por um meio de comunicação social, apresente problemas tão básicos de construção discursiva, com pobreza conteudística, discordância, incoerência, incoesão e até problemas de interpretação de questões, que deixa mesmo a desejar.

Visto isto, não é de estranhar o afirmar que As Letras correm grande perigo, se é este o tipo de escritores que a nossa praça tem a nos dar. Uma vez que o escritor é encarado como uma das referências ou pilares na construção da mentalidade colectiva, sugeríamos aos nossos “pseudo”-escritores, com características expressas no parágrafo anterior, que, se souberem ler, então, ainda que sejam bons leitores, mas se não, aprendam primeiro.

Outrossim, como quebraria o essencial da Gramática Normativa, se não o conhece, isso é como um jurista ou advogado angolano que não conhece o essencial da CRA.

Tudo bem, admitiríamos a possibilidade de que a arte de escrever seja um dom ou talento, algo natural, mas aperfeiçoá-la é uma questão científica.

A título de ilustração, queríamos sublinhar dentro da nossa circunscrição os escritores seguintes: Kennexiz Xavier, Alcino Chicapa, Augusto Sapengo, Capui Lara, Atanagildo Paulo de Castro, Katchekele, no âmbito dos textos literários, e, no âmbito dos teorizadores, destacaríamos Maieuta Gonga, Francisco Tchilonga, Leovigildo António, Estevão Cassoma.

Portanto, depois de tudo quanto foi aflorado no presente ensaio literário, chegamos às seguintes conclusões: há muita pressa na publicação de livros literários; a maioria dos escritores não têm gosto pela leitura nem pela investigação; muitas vezes os escritos apresentam uma dose de insipiência contextual, pelo facto de não olharem ao povo e ao referencial como ponto de partida.

 

Por: FELELÉ D’PAPEL

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