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Motivação como alavanca da produtividade

Jornal Opais por Jornal Opais
23 de Fevereiro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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É comum ouvir o adágio popular, segundo  o qual, é de pequeno  que se torce o pepino.  Este processo acontece a partir do momento que o ser  vivente é mandado para a sociedade.

Quando a pessoa nasce e é  tida como um ser social, graças ao  denominado processo de socialização ou a incidência de vários  agentes de socialização sobre ela.
 A igreja, a escola, os meios de comunicação, os grupos sociais ou  de pares, como considera a Sociologia, sem descurar a família que  é tida como o principal agente de  socialização, são alguns dos responsáveis por este processo.
 O processo de socialização vai  permitir, não só a interiorização  dos conhecimentos, como também a interacção, em função do  que foi aprendido e apreendido,  ante a inclusão e integração, elementos muitas vezes não tidos em  conta, na nossa sociedade, sobretudo em algumas instituições de  ensino.
A interiorização do conhecimento, seja negativo ou positivo, percebe-se como fruto do  processo da partilha, ou se quisermos, da interacção com os outros seres semelhantes.
  Como os órgãos de sentido não  são responsáveis pelo que sentem,  vêem, ouvem, percebem, etc., tudo que lhes for oferecido, recebem. É aí onde entra a responsabilidade de quem, por exemplo, de  forma directa ou indirecta, informa, transmite.
E se quem o faz não  tiver tal responsabilidade, um dos  agentes deve ser o responsável pela moldagem, este, só poderá ser a  escola, precedida da família.
 Em tempos, na véspera do carnaval, enquanto passava, vi e ouvi  duas crianças que pareciam eram  alunos da 5.ª Classe, em grande  discussão. A conversa que girava  em torno do carnaval estava a ser moderada por um adulto que passara naquelas mediações, tal como eu.
  Discussão frutífera, digamos,  em torno do carnaval. Eram, como disse, duas crianças que a  mim, pareciam estavam a sair de  uma Explicação ou grupo de estudo, pois carregavam consigo cadernos andrajosos e livros, cuja  classe não foi possível vislumbrar.  Todos eles motivados, discutiam  sobre o carnaval.
 Para os que pensam que o mesmo é um assunto  apenas reservado para os adultos, ledo engano! O pensamento e  a inteligência não têm fronteiras…  — (…) Carnaval é dança, é folha,  quem disse é a professora, da outra vez na escola!  — Sim, mas não é folha, é folia…  — corrigiu o coevo.
Uma dança  mundana… — acrescentou.  — Mundana, não! É uma festa  cristã, aprendemos isso na disciplina de Educação Religiosa.  — Eu não comemoro, na minha  religião isso não é permitido.
  — Aiê?! Nós aprendemos na  disciplina de Educação Religiosa, que, o carnaval é um festival  mundial que ocorre antes da estação da Quaresma…  — Na nossa escola não se ensina esta disciplina, aliás, mesmo se  ensinassem, acho que não participaria, porque o meu pai não permitiria.
Carnaval é uma festa de  nudez, tenho visto na tv, às vezes!…
Após a intervenção que antecede este parágrafo, aproximei-me,  saudei-os, sem procurar saber  mais nada sobre eles, ali fiquei,  apreciando, enquanto o mais velho tomou a palava: — Meninos, sinto-me satisfeito  por vos ver a discutir sobre uma  temática actual.  — É lindo saber que entre vocês,  um celebra o carnaval e o outro  não, mas respeitam-se mutuamente.
 Este respeito que cada um  de vocês nutre, um pelo outro, é  muito importante. O mundo é feito de diferenças, de opções ou preferências, de diversidade cultural  e de pensamentos.
— Filhos, o carnaval é uma festa  pública, com desfile combinando.  Normalmente, as pessoas usam  trajes semelhantes, o que lhes  permite perder a sua individualidade quotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social. Segundo sei, a palavra carnaval  vem do latim carne levare, que  significa “afastar-se da carne”.
Carnaval é um termo que começou a circular por volta dos séculos XI e XII e se referia à véspera  da Quarta-feira de cinzas, época  em que se iniciava a abstenção da  carne.
 O carnaval era o último dia  permitido para o consumo de carne antes dos dias do jejum da Quaresma. Apesar de muitos desconhecerem os mais variados detalhes sobre esta grande festividade,  comemoram-no, cantando, dançando e demonstrando o seu valor cultural e, Angola não foge à  regra.

Dito isto, sem mais se alongar,  talvez devido ao nível de escolaridade dos meninos com os quais  conversava, deu uma pausa no assunto sobre o carnaval e contornou o assunto, introduzindo um  outro, sobre o aproveitamento dos  mesmos na escola. Neste, interferi  e conclui que os meninos têm rumo.
Despedimo-nos então… Em  casa, pus-me a pensar na motivação, no interesse com que um dos  meninos tentava convencer o outro, explicando-o sobre o que há  de bom no carnaval. Uma motivação que teve origem na explicação  passada pela Professora, durante a  aula que diz ter participado.
A cachola não me deixou repousar, direccionou os pensamentos  na união dos grupos, no entrelaçamento dos mesmos, na motivação dos líderes, não só dos grupos em causa, como também dos  líderes das áreas representadas  por cada um dos grupos, como é o  caso do União Povo da Quiçama,  em que a administradora municipal, Níria Marques, levou e elevou o grupo, dançando Sambalage, uma dança típica do município  que dirige, isto é, desde os ensaios,  o que serviu como força para que o  mesmo desfilasse diante da multidão presente na Marginal de Luanda, levando consigo as características da município.
 Não foi por  acaso que, em poucos meses a dirigir os destinos do município,  tenha sido considerada a terceira administradora mais dinâmica de Luanda.
 O gesto da administradora foi  de certo modo visto como motivação pura, na medida em que, os  munícipes e partícipes do grupo,  sentiram-se abraçados, acariciados e motivados, o que levou alguns munícipes a tecer elogios sobre o seu magno gesto, que não só  esperou o desfile no palco central,  mas acompanhou e apoiou com o necessário para que o Sambalage  cantado e dançado por filhos da  Quiçama, liderados por Manuel  Sondoca, fosse apreciado pelo povo angolano e quiçá, pelo mundo  a fora.
O grupo carnavalesco que figurava entre os 12, dentre os quais,  os destacados, União Kazucuta do Sambizanga, União Operário Kabocomeu, União Amazona  do Prenda, União Nzinga Mbandi, União Kiela, União Mundo da  Ilha, União Recreativo do Kilamba, este último, arrebatador de  prémios, estava no dia 12, às 16  horas, o União Povo da Quiçama,  com uma música e dança diferenciada, admirado e aplaudido por  muitos, como é o caso de personalidades como Lauriano Tchoia  e Isaac Paxe, que nas suas páginas oficiais do Facebook, fizeram  questão de expressar o seu bom  gosto, de ver desfilar aquele grupo carnavalesco.
Se de um lado, Mumbondo,  Quixinge, Muxima, Cabo Ledo e  Demba Xio, deixaram os seus rastos no palco mais visível daquele  dia, por todos os angolanos e não  só, damos graças a Deus, aos filhos  da terra, ao grupo carnavalesco,  mas também, à administradora Níria, que serviu de motivação  extrínseca, como é chamada em  Psicologia, para o grupo.
A forma dançante como o grupo se apresentou, demonstrou que  ante a motivação intrínseca, a citada no parágrafo anterior é sempre importante, pois faz com que  qualquer um atinja a meta desejada.
O grupo carnavalesco União  Povo da Quiçama, apesar de ter  figurado em sétimo lugar, é um  vencedor, uma vez que, conseguiu elevar o município, o que é  para muitos, considerado também como ganho.
É coisa para dizer que, a motivação, isto é, o apoio financeiro, material, moral e/ou afectivo e não  só, é uma alavanca para a produtividade de qualquer um, grupo  ou organização.
 A todos os grupos carnavalescos  que elevaram ao êxtase qualquer  apreciador do carnaval nacional,  especialmente ao União Povo da  Quiçama, do qual me sinto representado, por ser um Caxarandanda puro, bem-haja!
Por: VALENTINO FREDERICO
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