O sector da educação na província do Bié perspectiva, para os próximos anos, a melhoria do ensino das línguas nacionais, através de adopção de políticas que possam permitir a sua abrangência nas escolas públicas
A intenção foi manifestada esta terça-feira à ANGOP, pelo chefe de Departamento Local da Educação, Arlindo Longuenda, quando falava sobre a situação do ensino das línguas nacionais nas escolas nesta região centro/sul do país.
Segundo o responsável, a realidade sociolinguística da província do Bié é influenciada por nove línguas nacionais, com maior predominância para o Umbundu, Tchokwe, Nganguela e Kimbundu, sendo a primeira (Umbundu) leccionada nos 12 magistérios que a província dispõe.
Em função da realidade etnolinguística bastante diversificada que o Bié possui, avançou, se exige a adopção de estratégias para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem das mesmas, de modo que sejam devidamente dominadas pela população local e impactem nas suas vidas, tendo em conta a sua importância no processo comunicativo.
Entre as estratégias, apontou a contratação de mais professores para estas áreas do saber e a aquisição de material didáctico (gramáticas, dicionários e material metodológico), enquanto principais dificuldades que se têm registado no processo da implementação das aulas de línguas nacionais nas escolas.
Para o efeito, Arlindo Longuenda recomendou aos directores de escolas e das repartições municipais a inscreverem nos seus planos de necessidades a contratação de mais professores, de modo que sejam atendidas no âmbito da realização dos concursos públicos do sector.
O sector da educação no Bié tem matriculado, no presente ano lectivo, em todo subsistema de ensino geral, 688 mil e 638 alunos que frequentam aulas em 815 instituições escolares e cujo processo de ensino e aprendizagem é assegurado por mais de 15 mil professores.