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Xá-Muteba acolhe acto central dos 63 anos do massacre da Baixa de Cassange

João Feliciano por João Feliciano
4 de Janeiro, 2024
Em Manchete, Política

O município de Xá-Muteba, na província da Lunda-Norte, acolhe, hoje, o acto central das comemorações do 63º aniversário em homenagem ao massacre da Baixa de Cassange de 1961. O acto será presidido pelo ministro da Defesa e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”

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As festividades em homenagem aos heróis da Baixa de Cassange deste ano decorrem sob o lema: “Com o espírito de 4 de Janeiro, Antigos Combatentes Unidos para o Desenvolvimento de Angola”. De acordo com o director nacional do Legado Histórico Militar e porta-voz da actividade, Zangui Longa, que confirmou o facto ao OPAÍS, o acto vai ser antecedido da de- posição de uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, no cemitério local.

Seguir-se-á o acto político que contará com as intervenções da governadora provincial, Ódia Paulo Satula, do presidente da Federação dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria (FA- CVP), Lodjério Pelinganga, e finalmente do ministro da Defesa e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, que preside ao acto. Tal como nos anos anteriores, constam ainda do programa actividades culturais, desportivas e entrega de bens essenciais aos assistidos pela Federação dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.

A data homenageia os mártires da Baixa de Cassanje, que, em 1961, se revoltaram contra o sistema colonial português por não suportarem mais as condições de trabalho impostas pela companhia de exploração de algodão, a Cotonang, numa acção que ficou conhecida como o grande massacre da Baixa de Cassanje.

Ainda de acordo com o porta-voz do evento, a realização do acto no município de Xá-Muteba representa o reconhecimento que o Governo central tem sobre a data e da valorização do esforço que aquele grupo de nacionalistas resistentes apresentou ao desafiar o sistema colonial português, não temendo a repressão e preferir mesmo entregar a vida contra o trabalho forçado a que eram submetidos.

“Apesar de não estar a decorrer no local do acontecimento, esse acto vai mais uma vez mostrar que as populações da Baixa de Cassange não estão esquecidas, esforços serão feitos para que haja um reconhecimento à dimensão do acontecimento”, disse.

Antigos combatentes querem mais apoio do Executivo

Samuel Lourão, que por altura dos acontecimentos do 4 de Janeiro de 1961 contava com apenas 17 anos, apela ao Executivo a criar políticas fortes de modo a assistir melhor os antigos combatentes. Para este ancião, que tal como outros companheiros se bateu para que os maus tratos do opressor conhecessem o fim, muito têm sido feito para se acudir a situação dos veteranos da Pátria, mas que considera ínfimo a julgar pelas condições sociais em que muitos se encontram.

Natural do município do Quela, em Malanje, realçou a construção de novas infra-estruturas com destaque para as escolas na sede municipal e noutras localidades que configuram a região. Por seu turno, Bernardo Dala, de 75 anos, disse que apesar das dificuldades de ordem conjuntural, é visível o esforço do Governo para a resolução dos principais problemas da população.

Destacou a construção da estradas um pouco por todo o país, de infra-estruturas sociais como escolas e unidades de saúde, que vão sendo erguidos de raiz no quadro do Programa Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). Ainda assim, Bernardo Dala salienta que a situação de muitos antigos combatentes é ainda preocupante, e apela ao Executivo a conjugação de esforços para fazer face ao problema. Apelou ao reforço do história nacional nos conteúdos programáticos das escolas para que a actual geração conheça para melhor valorizar a figura do antigo combatente.

UNITA reitera que data deve ser feriado nacional

Marcial Dachala, porta-voz do partido UNITA, reafirmou que “o 4 de Janeiro deveria ser um feria- do nacional, por marcar um acontecimento histórico que deu início à luta armada contra o colonialismo português”. De acordo com o porta-voz da UNITA, a Assembleia Nacional “tem de rever esta situação”, indicando que se trata de “uma data de muito sacrifício para o povo angolano que foi oprimido pela administração portuguesa”.

“Infelizmente o nosso caso, desde que somos independentes, os factos relevantes só são aqueles que têm impacto nas figuras que enaltecem o partido no poder”, disse, sublinhando que deveriam ser consultados especialistas para se saber que datas seriam feriados nacionais. Mas, em todo caso, acrescentou, “trata-se de uma data de extrema importância e que mereceu um acto de grande heroísmo, sacrifício e resistência dos angolanos à dominação portuguesa”, afirmou.

A história

Nesse dia do longínquo ano de 1961, foi protagonizado aquele que foi considerado o hediondo massacre pelo exército português contra camponeses por tentarem colocar um basta naquilo que consideravam uma escravatura desenfreada. Cansados das condições de trabalho impostas pela companhia Cotonang e do governo da colónia portuguesa, milhares de trabalhadores angolanos dos campos de algodão protagonizaram um levante popular na região da Baixa de Cassange. A colónia portuguesa reprimiu violentamente a revolta, assassinando milhares de trabalhadores, no que ficou conhecido como o Massacre da Baixa de Cassange.

O acontecimento é considerado um dos principais motivos que causaram a luta pela independência do país. A Cotonang era uma companhia de algodão luso-belga, que obteve uma concessão para o plantio de algodão nessa região da província de Malanje, e forçou os camponeses a cultivarem as fibras. Os agricultores não tinham salário e eram forçados a vender a sua produção por um valor muito abaixo do preço no mercado mundial. A obrigação de plantar algodão impedia as famílias de cultivarem os seus próprios alimentos.

O protesto, que teria uma solução pacífica, teve um desfecho triste, marcando, até hoje, a História de Angola. O facto repercutiu, igualmente, nas páginas noticiosas da imprensa internacional. Foram mortos homens, mulheres e crianças, muitos deles enterrados em valas comuns. Outros aldeões foram levados para nunca mais voltarem ao convívio das suas famílias.

Angola rende homenagem às vítimas da opressão colonial

O país assinala, hoje, 62 anos sobre a data do massacre da Baixa de Cassanje, a primeira grande revolta do povo angolano contra a opressão colonial portuguesa. O Município de Xá-Muteba, província da Lunda-Norte acolhe, hoje, o acto político central do Dia dos Mártires da Repressão Colonial, a ser presidido pelo ministro da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos “Liberdade”. Considerada a primeira grande revolta dos angolanos contra o jugo colonial português, o massacre ou batalha da Baixa de Cassanje, ocorreu a 4 de Janeiro de 1961, na região da Baixa de Cassanje, província de Malanje.

A data foi instituída como o Dia dos Mártires da Repressão Colonial, para homenagear as vítimas desse massacre. No dia 4 de Janeiro de 1961, trabalhadores agrícolas camponeses da Baixa de Cassanje empregados pela Companhia Geral dos Algodões de Angola (COTONANG), empresa luso- belga proprietária de latifúndios de plantação de algodão, paralisaram as suas actividades exigindo melhores condições de trabalho e de vida, contra o atraso no pagamento de salários e contra o cultivo forçado do algodão.

A referida revolta, vitimou milhares de camponeses, que reivindicavam a valorização do preço do algodão e reclamavam do trabalho forçado. O 4 de Janeiro é considerado uma das datas mais emblemáticas do processo revolucionário do povo angolano, contra o jugo colonial, por ter produzido um acontecimento que foi replicado um pouco por todo país.

POR: João Feliciano e Neusa Filipe

João Feliciano

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