Uma cidadã nacional, de 25 anos, assassinou, em Luanda, a própria filha, de apenas dois anos, asfixiando-a até à morte, por fazer fé nas palavras da sua tia que lhe garantiu esperanças de tornar-se rica, caso matasse a menor.
De acordo com o Serviço de Investigação Criminal (SIC), a implicada encontra-se detida.
A indiciada no crime de homicídio qualificado em razão da qualidade da vítima, sua filha, deixou a sua casa, no bairro Golfe 2, em companhia da pequena que em vida atendia por Maria de Nazaré Correia.
O destino do itinerário traçado era o município de Cacuaco, na zona do 22 de Janeiro.
Eram 16 horas da passada Quarta-feira, 6, quando a progenitora deslocou-se até ao Morro Santo situado naquele município, no sentido de procurar bênçãos, para enriquecimento fácil.
Porém, o facto de esta não regressar a casa levou o pai da menor a anunciar o desaparecimento da mãe e da filha aos familiares.
Preocupado com a situação, deslocou-se ao Piquete do SIC-Cacuaco, onde fez a participação do desaparecimento da sua filha.
Os operacionais desse órgão, após um trabalho de inteligência criminal, deram conta da existência de um cadáver do sexo feminino numa lagoa coberta de lixo que, constatado, se comprovou que se tratava de um cadáver de uma menor de idade, cuja causa da morte aparentava ser por afogamento.
“Continuando com as investigações, e porque a menor apresentava escoriações à volta da região do pescoço, três dias depois, foi possível localizar e deter a mãe da vítima, apurando, a posterior, que a acusada, motivada pela sua tia por crenças de feitiçaria, no sentido de ter enriquecimento fácil, sacrificou a sua filha, asfixiando-a até à morte.
Para se livrar do corpo, jogo-o na lagoa”, avançou. Por isso, o SIC-Luanda aconselhou a juventude a abster-se de actos contrários ao que a vida diz respeito, não correndo ou utilizando caminhos escuros para o enriquecimento fácil.