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Apologia do equívoco

Jornal Opais por Jornal Opais
7 de Setembro, 2023
Em Opinião
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
0

Incontáveis são as páginas de histórias e estórias. As mundividências dãonos sempre um baluarte de ricos contos, romances, novelas, dramas, teatros e poesias para cantar as lágrimas mal choradas, de alegrias ou tristezas.

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Entre personagens reais e imaginárias, cada um busca a resposta do destino, o seu destino. Afinal, por mais perfeita que seja a encenação ou a tragédia, a incógnita permanece. Para onde vamos?

E porque a velha questão “de onde viemos” já foi bastante esgotada, a preocupação agora é o futuro.

Para onde vamos? Uns fingem saber a resposta. Alguns acreditam que de facto sabem o destino. Outros preferem ignorar a possibilidade de um fim.

A grande maioria não sabe coisa alguma sobre o destino da humanidade. Para onde vamos? Diogo, o manso. O adjectivo justificava o seu carácter, e o nome?

A história em volta do seu nome é enorme. Quem o nomeou Diogo? Os seus pais, foram os seus pais, sonava das largas bocas populares.

Foram os seus pais que o tornaram xará do Diogo “descobridor” de Angola, afirmavam as testemunhas inconsistentes. Conta-se que os seus pais acolheram a comitiva das caravelas, os futuros donos das terras inóspitas.

E, como a sua casa ficava à beira da foz do rio Zaire, quis o destino que tal acontecesse. E assim foi. Naquela época nascia Diogo.

Profundamente mergulhados na cultura local, não havia alternativas. O nome do bebé teria de fazer referência ao acto inusitado que marcou as circunstâncias do seu nascimento. Ukombe (visita), este seria o seu nome.

Mas a mãe não concordou, já que supervalorizava a cultura do pai do bebé em detrimento da sua. Dizia ela, carreguei-o por nove meses, então tem de carregar também o selo das minhas origens.

A disputa do casal era algo novo e surreal, porque contrariava a tradição. A submissão dita que a mulher deve sujeitar-se às decisões do homem.

O casal estava a viver a contramão da tradição. Talvez fosse o princípio da emancipação feminina.

A disputa acalorou-se ainda mais quando a mãe do bebé sugeriu o nome Kizua (a quem Deus enviou).

Obviamente, o pai opôs-se à decisão. Primeiro, porque acreditava em Suku e não em Deus. A diferença entre os dois seres? Só ele sabia explicar. Segundo, não concordava porque, na sua opinião, caso aceitasse, estariam a inverter-se os papéis, ou seja, seria como se ele fosse a mulher da relação.

Quem diria, que uma mera decisão significasse tanto para um homem. Não concordando, a solução veio da visita que assistia impávida a discussão do casal.

Vai chamar-se Diogo, tal como me chamo. Uma solução neutra para uma guerra de parentes e aparentes opostos.

E assim aconteceu. Ora, não era bem assim que as bocas populares contavam a história. Não foram os seus pais, foi o Diogo, seu xará, quem atribuiu o nome ao menino.

E tornou-se um grande Diogo. Diogo era sábio, quão sábio. Admiravam-se dele pela estatura e pela excelência das palavras que da sua boca saíam.

Para não falar da sua mansidão. Esbanjava simpatia por onde passasse. Há quem afirmava sentir o Diogo a pulsar dentro de si.

Estes eram geralmente comentários vindos de garotas apaixonadas e enamoradas por Diogo. Era belo de facto. Mas ao ponto de senti-lo mesmo sem tocar, eram somente percepções de corações apaixonados.

Por exigência do seu xará, Diogo tornou-se um homem de hábitos nobres, culto, sabedor da etiqueta na postura, vestimenta e nos convívios sociais.

Não chegou a conhecer nada da sua cultura a qual chamava cultura dos seus pais. Talvez tivesse razão, afinal, desde a sua nascença, o nome que carrega a sua identidade nada tinha a ver com a terra em que nascera.

Culpa da discussão dos pais ou das visitas enviadas por Deus? O destino da sua gente estava sobre si. Diogo tornou-se Presidente. Claro que ele não decidia sobre o destino transcendental de cada um.

Mas tinha influência directa sobre o destino terreno de cada um dos seus concidadãos. A cultura local não tinha peso, para chamálo a decidir pelos seus. Além disso, ele mesmo não se identificava com a tal.

A esperança residia na sua sabedoria, cultura e inteligência. Porém, que sabedoria, cultura e inteligência imperam diante negação de si mesmo e do seu destino comum?

Os dilemas da vida levam à assunção de apologias do equívoco. Conte uma delas!

 

Por: ESTEVÃO CHILALA CASSOMA

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