Ilustre coordenador do jornal OPAÍS, há mais de dois meses que não escrevo para este importante órgão de comunicaç ão social do país, por questões de saúde. Esta carta que envio a vós, e faço f é que será acolhida para publicaç ão, vem no sentido de chamar a atenção dos responsáveis da unidade hospitalar que está localizada no município de Viana, distrito Urbano da Baia.
Nem preciso de dar mais detalhes sobre a localização, por se tratar do único posto médico do território. Acontece que os lixos hospitalares são deitados no pátio da instituição, onde muitas vezes as crianças saltam a cerca, para recolherem esses objectos, fazendo deles seus brinquedos.
Esses inocentes pegam em seringas, agulhas e lâminas, sem qualquer preocupacão em manter algum cuidado, e divertem-se com esses meios que, de qualquer sorte, os torna vulneráveis a infecçõ es de qualquer doença que pode ser transmissível por aqueles meios. Esse comportamento é, de todo, irresponsável e reprovável, na medida em que pode colocar em causa a vida desses menores.
Há várias doenças que, como se sabe, são transmissíveis através de objectos cortantes. E, como é de conhecimento comum, a saúde no nosso país tem custos altíssimos, e quando não se pode financeiramente, normalmente os casos terminam em óbitos. Sejamos mais responsáveis, meus senhores! Com a vida e com a saúde não se brinca. Isso é muito sério. Obrigado!
POR: Joana Pedro
Luanda, Viana