A iniciativa de refundar o partido, que participou, pela primeira vez, num pleito eleitoral, ganhou força esta semana em sede das estruturas da organização com a criação de uma moção de apoio dos militantes e responsáveis da base do P-NJANGO a Dinho Chingunji para que este avançasse com os processos junto dos órgãos de direito
O político Dinho Chingunji desistiu da decisão de refundar o seu partido político P-NJANGO, que foi extinto, recentemente, pelo Tribunal Constitucional por não ter conseguido atingir o mínimo legalmente estabelecido de 0,5% do total dos votos válidos.
A iniciativa de refundar o partido, que participou, pela primeira vez, num pleito eleitoral, ganhou força esta semana em sede das estruturas da organização com a criação de uma moção de apoio dos militantes e responsáveis da base do P-NJANGO a Dinho Chingunji para que este avançasse com os processos junto dos órgãos de direito.
Apesar de ter reconhecido todo apoio e confiança em si depositada, Dinho Chingunji não cedeu a pressão e preferiu “atirar a toalha ao tapete”, desistindo assim da refundação do seu P-NJANGO. Em declarações a OPAIS, Chingunji assegurou que vai continuar a lutar para a justiça social pra que Angola venha ser o país que muitos os cidadãos desejam, mas, entretanto, por outras vias e não pelo P-NJANGO.
“Vou continuar a fazer intervenções nas questões de justiça social para aliviar o sofrimento do povo. Angola precisa de to- dos os seus filhos para ser um país bom para viver”, apontou. Segundo ainda o político, apesar da extinção do P-NJANGO, “a verdade é que, até hoje, em todas províncias, há um apoio incrível” sobre a organização, que é resultante do tra.balho feito durante as eleições.
Conforme explicou, este apoio é o resultado da apreciação e do trabalho que a sua organização mostrou durante o mês de Agosto, “o que veio mesmo a superar muitos que estão na política há anos”. “Muitos continuam a nos louvar e pedir a nossa continuação nas próximas eleições”, destacou.
“Grande experiência
De acordo ainda com Dinho Chingunji, mesmo não tendo ganho o número de votos suficientes para entrar no Parlamento, as eleições deram a si experiência satisfatória, o que permitiu com que o P-NJANGO, apesar do pouco tempo, ganhasse notoriedade e destaque no mosaico político nacional. “O P-NJANGO foi uma grande experiência e lição. Funcionamos como partido num período de dois meses, mas conseguimos pôr estruturas de qualidade em todas as capitais de províncias.
Estruturas essas que são melhores que muitos daqueles que estão na política há anos”, frisou, acrescentando ainda que, “foi doloroso não estar no Parlamento. Mas vamos continuar a lutar para o combate a fome. Mesmo sem partido, são acções que sempre farei como cidadão” Contas em dia Quanto a prestação de conta dos valores que recebeu para a campanha eleitoral, Dinho Chingunji assegurou ter tudo em ordem e já em posse da Comissão Nacional Eleitoral (CNE). “Os relatórios são feitos pelo gestor dos fundos públicos da campanha. E isso já foi feito há muito tempo, dentro dos prazos estabelecidos pela CNE”, esclareceu o político.