Um casal de angolanos foi detido, antes de ontem, pelo Serviço de Investigação Criminal, no município do Sambizanga, em Luanda, em posse de 520 mil dólares falsos que pretendiam colocar em circulação no nosso mercado financeiro
Os cidadãos, de 53 e 74 anos de idade, foram flagrados pelos efectivos do Serviço de Investigação Criminal, na tarde de Terça-feira, 11, nos distritos urbanos do Sambizanga, município de Luanda e Zango-2, município de Viana, quando tentavam colocar em circulação 520.000 dólares falsos.
Segundo Manuel Halaiwa, director nacional do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC, os dois cidadãos são indiciados do crime de contrafacção de moeda e o trabalho de investigação criminal sobre eles, no âmbito do registo operativo para prevenção de crimes de contra-facção de moeda, resulta do seguimento do desmantelamento de uma rede criminosa que se dedicava a este tipo de crime. A primeira rede de criminosos acusados de contrafacção de moeda foi apresentada na semana passada, que envolveu um pastor religioso.
A partir deste grupo, o SIC conseguiu obter mais informações que permitiram deter em flagrante delito esses dois cidadãos, numa altura em que pretendiam colocar no circuito financeiro bancário a quantia ora apreendida. Manuel Halaiwa adiantou que, após a detenção e apreensão das notas falsas, o SIC apurou que os acusados tinham tudo planeado mediante contactos feitos a nível do município do Sambizanga, com gerentes de instituições bancárias que facilitariam a troca directa com notas verdadeiras.
“Ou seja, caso fossem bem-sucedidos nesta acção, receberiam em troca 50% do valor falso, no caso em concreto USD 260.000 verdadeiros”, reforçou. O também porta-voz do SIC-Geral referiu ainda que, das investigações levadas a cabo, ficaram a saber que a cidadã de 74 anos de idade era o contacto principal entre a rede criminosa e os gerentes de instituições bancárias, intermediando as conversações para que o negócio tivesse êxito. O SIC avança ainda que diligências estão a ser feitas para se deter outros integrantes da mesma rede criminosa, sendo que os cidadãos agora detidos serão presentes ao Ministério Público para os trâmites processuais.