ONÉSIMO LUFUANKENDA
A jornalista e docente universitária, Sandra Paula Gaspar Mainsel Caxueiro Jaime, exortou, neste sábado, 25, a nova geração de jornalistas, em particular aos seus estudantes, a pautar pela ética profissional e a ser apaixonada pela verdade.
Sandra Mainsel, que falava ao Jornal OPAÍS no âmbito da condecoração na Classe Paz e Desenvolvimento, enfatizou que “o jornalismo é mais do que uma profissão, é um serviço público que deve ser prestado com muita ética, num tempo em que a desinformação circula com muita rapidez”.
Para a também directora de multimédia da Televisão Pública de Angola, é importante que as novas tecnologias sejam utilizadas como aliadas sem perder a humanidade nem a ética na forma de contar as histórias, sublinhando que o futuro do jornalismo depende da integridade e coragem.
“Aos meus estudantes, exorto que pautem sempre pela apuração da veracidade das informações. É importante que usem bem as novas tecnologias e façam delas aliadas de trabalho sem romper com a ética”, anotou.
Questionada sobre o que terá pesado para a distinção ao mais alto nível, Sandra Mainsel relembrou que é pioneira no mundo do jornalismo de televisão em Angola, num tempo diferente do actual.
“A minha trajectória tem sido guiada pelo propósito de elevar o jornalismo e promover a literacia digital e pelo facto de eu ser do tempo em que a televisão abria às 18h e fechava às 21h”, afirmou.
Para Sandra Mainsel, a distinção é um reconhecimento à vida que dedicou à televisão e ao serviço público como uma convicção de que comunicar é também transformar.
Percurso
Sandra Paula Gaspar Mainsel Caxueiro Jaime é licenciada em Comunicação Social pela extinta Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto.
Iniciou a carreira na televisão pública angolana, a Televisão Pública de Angola (TPA), há mais de três décadas.
Trabalhou como repórter, apresentadora e editora de vários programas na TPA, por exemplo, foi rosto dos programas “Ecos & Factos”, “TPA Actualidade”, “Quem Sabe Sabe”, TPA Ciência, entre outros projectos.
Actualmente, desempenha o cargo de directora de multimédia da Televisão Pública de Angola e docente na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, onde leciona cinco disciplinas.
É autora da obra sobre a história da TPA — “As quatro idades da Televisão Pública de Angola” e prepara para o próximo dia 5 de Novembro um lançamento de uma nova obra sobre os 50 Anos da Televisão Pública de Angola.
Neste ano, foi nomeada membro da Academia de Ciência, Cultura e Artes do Brasil, cadeira 3015, em reconhecimento ao seu contributo na literacia digital, jornalismo e cultura.









