O Governo Provincial de Benguela admite que o Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Fome e à Pobreza decorre a bom ritmo, tendo a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Cátia Cachuco, sinalizado cumprimento rigoroso do que estabelece a lei, neste quesito. A governante revelou que, actualmente, a província regista mais de 5 mil crianças de/na rua, adiantando estar em curso a construção de um centro para as acolher
O governador de Benguela admitiu, recentemente, um reforço financeiro destinado ao combate à fome e à pobreza, ao dar nota de que os 23 municípios deverão, dentro de alguns dias, ter à disposição os recursos financeiros de que precisam para a implementação de uma série de infra-estruturas sociais, que vão impactar positivamente na vida das populações locais.
Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia de inauguração de uma unidade sanitária, Nunes Júnior considerava que maior parte dos municípios, surgidos ao abrigo da Nova Divisão Político-administrativa, dispunham de condições para o trabalho.
Questionado por este jornal, à margem da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, se estava ao corrente de denúncias que apontavam para a inclusão de familiares de governantes para se beneficiarem de kits profissionais, prejudicando antigos combatentes, Manuel Nunes Júnior manifestou-se consciente e, por isso, não descartava responsabilização de infractores junto dos órgãos judiciais.
De resto, de modo geral, na reunião do Governo de terça-feira, 04, no município do Bocoio, procedeu-se ao ponto de situação do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Fome e à Pobreza, tendo, objectivamente, chegado à conclusão de que andava a “bom ritmo”, pois as administrações trabalhavam “os parâmetros, as bases estão a ser observadas” – observou a vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Cátia Cachuco.
Falando à imprensa, no final da reunião, a governante frisou que os membros ao conselho analisaram, de forma detalhada, a situação de crianças de/ na rua, um assunto que tem desafiado as autoridades em Benguela, na medida em que, em muitos casos, as crianças são recolhidas, colocadas em centros, porém acabam abandonadas.
“Pensamos que agora temos um documento bastante sólido, porque foi trabalhado com muita atenção, porque há uma estratégia a adoptar nos parceiros estratégicos que nos podem ajudar a resolver este problema”, disse Cachuco, realçando, pois, que o Governo, para essa empreitada, conta, para já, com o suporte técnico da União Europeia, ao abrigo de um acordo assinado no dia 8 de Julho.
Os dados do Instituto Nacional da Criança, referido pela vice-governadora, apontam para a existência de 5 mil crianças de/na rua, que são “recolhidas, passam pela triagem para, depois, serem encaminhadas para os centros, consoante aquilo que é o perfil. Estão identificados nas crianças quatro perfis fundamentais, designadamente as que vivem na rua sem nenhum vínculo familiar, dependentes químicas, doentes mentais e as que estão em conflito com a lei.
“Nós precisaremos de espaços diferenciados para colocar estas crianças, para terem um tratamento segundo o seu perfil. Dizer que nós temos um centro que será de referência na província, no município de Benguela, que está a ser construído, já na fase final, que, em alguns casos, vão servir de ‘casa dia’“, disse.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela








