O ministro da Cultura, Filipe Zau, destacou, neste sábado, em Luanda, o papel das igrejas na reconstrução moral, social e espiritual de Angola, sublinhando que o diálogo e a fé devem continuar a guiar o país rumo à coesão nacional.
O governante fez estas declarações à margem do Culto Ecuménico realizado hoje no Estádio Nacional 11 de Novembro.
O culto reuniu líderes religiosos, governantes, num gesto de louvor que visou celebrar o jubileu dos 50 anos de Independência Nacional que se vai celebrar na próxima terça-feira.
Na ocasião, o ministro começou por agradecer a confiança do Chefe de Estado, sublinhando que a ocasião simboliza “a unidade na diversidade”, expressão máxima do espírito de reconciliação nacional.
“Após 13 anos de luta armada e clandestina, tornámo-nos construtores do nosso próprio futuro através de um nacionalismo que, por razões culturais e ideológicas, nasceu dividido”, recordou Filipe Zau, frisando que a paz e a liberdade alcançadas depois de 27 anos de conflito representam hoje conquistas inegociáveis.
O governante sublinhou que as igrejas tiveram um papel essencial no período pós-guerra, apoiando famílias, promovendo a reconciliação e difundindo valores de convivência pacífica.
“Quando a nação sangrava e clamava por cura, foram as igrejas que ampliaram pontes e acompanharam famílias, promovendo a coexistência pacífica”, afirmou.
Sob o lema “Angola, 50 anos: Preservar e Valorizar as Conquistas Alcançadas”, Construindo um Futuro Melhor”, Filipe Zau apelou à responsabilidade coletiva na consolidação dos valores éticos, patrióticos e de cidadania.
“O Estado conta com as igrejas como parceiras fundamentais no combate ao vandalismo, à corrupção, à violência doméstica, à violação de menores, ao analfabetismo e à destruição das famílias”, concluiu, destacando que a fé e a educação moral continuam a ser pilares essenciais da cultura de paz em Angola.
O culto foi prestigiado pelo Presidente da República, João Lourenço, da primeira-dama, Ana Dias Lourenço, da vice-presidente Esperança da Costa, e de diversas entidades do Estado.









