O secretário de Estado belga para o Asilo e Migração, Théo Francken, declarou esta Sexta-feira em Bruxelas já não desejar ver mais africanos fazerem fila diante do Escritório dos Estrangeiros para pedir um asilo político.
Em declaração à imprensa, Francken anunciou que vai fazer adoptar uma lei que proíba a entrada na Bélgica de pessoas sem vistos de entrada, uma política inspirada pelo modelo da Austrália que deporta sistematicamente, para uma ilha isolada do pacífico, indivíduos encontrados sem vistos, essencialmente, no seu território.
Theo Francken não especificou uma ilha isolada, longe do território europeu, para onde expulsará estes indesejáveis.
O Escritório dos Estrangeiros está situado não longe do Parque Maximilien, onde continuam a vaguear várias centenas de africanos que entraram sem vistos na Bélgica a partir da Líbia, atravessando o Mar Mediterrâneo, pondo em perigo as suas próprias vidas, passando pela Itália e pela França.
Continuam a chegar à Bélgica africanos que utilizaram este itinerário perigoso, concentrando-se no Parque Maximilien e na Estação de Nord Proche.
Para associações de defesa dos direitos humanos, a única solução será abrir as fronteiras e regularizar a situação de todos os africanos, como o fez a chanceler alemã, Angela Merkel, em 2015, na Alemanha, quando acolheu mais de um milhão e 500 mil refugiados sírios e iraquianos, cuja regularização está em curso.
A chanceler autorizou o agregado familiar para casais, cujo cônjuge e filhos tenham ficado no país de origem sem poderem fugir.
Esta questão constitui o ponto de divergência maior entre Angela Merkel e o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, que se recusar a adoptar, relativamente à imigração, a mesma política que a Alemanha.