Os trabalhadores dos Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes – Empresa Pública (CFM- EP) estão em greve desde segunda-feira, 28 de Julho, exigindo melhores salários, condições de trabalho dignas e equipamentos de protecção individual (EPI), que garantam maior segurança aos funcionários da empresa
A paralisação afecta os comboios interprovinciais que ligam o Sul ao Leste de Angola e resulta de um caderno reivindicativo entregue à entidade patronal em 2023, contendo 14 pontos que visam a melhoria das condições laborais. Entre as exigências estão o aumento salarial, a implementação de um seguro de saúde e a disponibilização de EPIs, cuja ausência tem sido sistematicamente denunciada pelos grevistas.
Segundo Helândio Firmino, secretário da Comissão Sindical dos Trabalhadores do CFM, a greve – que já se encontra no quarto dia – inclui também a exigência de substituição imediata do actual Conselho de Administração, que os trabalhadores acusam de má gestão e de estar a conduzir a empresa à falência. “A greve tem início num caderno reivindicativo que entre- gámos em 2023.
Já realizámos uma paralisação este ano e, embora o Conselho de Administração tenha inicialmente mostrado abertura para negociações, acabou por recuar, alegando falta de condições financeiras. Entendemos que só a greve poderá forçar uma solução”, afirmou Firmino, durante uma manifestação em frente à Estação de Comboios do Lubango.
POR: João Katombela, na Huíla
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