Durante o lançamento do curso de Formação de Formadores sobre a Resiliência ao Trauma Liderada pela Comunidade, ocorrido nesta segunda-feira, 23, em Luanda, Lorenzo Mancini, um dos representantes do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas em Angola (PNUD) ao tomar a palavra, alertou sobre a incapacidade de ser detectado o trauma, numa primeira vista, porque actua de forma silenciosa, causando danos no bem-estar do funcionário, distorcer decisões, lesando a qualidade do serviço público.
Ao fazer menção do período histórico complexo no qual passou o povo angolano e as novas transformações e exigências sociais que o país tem sofrido, Lorenzo Mancini salientou que ao dotar os funcionários públicos com essas ferramentas que reconheçam o trauma, o país está a lançar as bases para reforçar um modelo de governação centrado no cidadão e enraizado nos princípios da dignidade humana.
O representante do PNUD destacou que a instituição das Nações Unidas acredita que o desenvolvimento humano começa com a dignidade humana. E para servir o cidadão angolano com empatia, excelência e responsabilidade, é essencial, cuidar de quem serve.
Lorenzo Mancini finalizou alertando que aos decisores públicos a encararem a governação de um modo diferente.
“A governação não é apenas um sistema. É uma promessa humana. E quando essa promessa é sustentada pela solidariedade, torna-se uma força poderosa para a paz, inclusão e o desenvolvimento sustentável”, alertou Lorenzo Mancine.