A situação da afluência de imigrantes ilegais nas fronteiras do nosso país continua a ser um “calcanhar de Aquiles” para as autoridades nacionais. De acordo com dados oficiais, o país registou, só em 2024, 13.154 casos de violação de fronteiras, dos quais, 68.382 tentativas de entrada ilegal no território nacional foram frustradas.
De acordo com as autoridades, a maioria desses imigrantes abandonam os seus territórios de origem devido ao elevado índice de pobreza, instabilidade política, social e violações de direitos humanos, acabando por procura entrar em Angola pelas fronteiras com a RDC, Zâmbia e a Namíbia.
Na maior parte das vezes, segundo um relatório divulgado esta terça-feira pela ANGOP, os imigrantes ilegais buscam o negócio da venda de combustíveis ou da exploração de diamantes, ferro, fosfato, cobre, ouro, bauxite e urânio, o que agrava a pressão sobre as forças de segurança, constituindo um sério risco à soberania do país.
Devido à sua posição geográfica privilegiada, situando-se no cruzamento entre a África Central e Austral, as suas riquezas e estabilidade militar, Angola torna-se num dos principais pontos de atracção de imigrantes ilegais, que cruzam, diariamente, mares, rios, florestas e desertos em busca de lucros fáceis.
Há quem até, segundo uma fonte da Polícia de Guarda Fronteiras citado pela ANGOP, procura “furar” as fronteiras nacionais em busca de documentos de identificação que lhes permitam atingir a Europa ou a América, na condição de angolano, à procura de trabalho e melhores condições de vida.