Chamada a intervir no II Congresso Nacional de Resposta ao VIH em Angola, que teve início nesta quinta (2) e encerra hoje, sexta-feira (3), Anne Shongwe, do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH e a SIDA (ONUSIDA), disse que os países mais afectados com o VIH, nos quais Angola está incluído, podem estar a correr risco com a redução do financiamento da OMS de apoio à doença, no ano passado
Em representação de Winnie Byanyima, directora executiva da Onusida, Anne denominou o corte financeiro como um “desastre” para os países dependentes do financiamento internacional para resposta ao VIH.
“Os Estados Unidos e outros países ricos estão a derrubar oito projectos com consequências mortais”, atirou a representante, afirmando que, apesar do financiamento restaurado (em parte), há muito dano que já foi feito. As consequências desta acção, alerta, podem não se reflectir apenas nos países africanos, que representam maior dependência dos financiamentos, mas também nos EUA, fruto do absentismo do Plano de Emergência do Presidente dos EUA para a Luta contra a SIDA (Pepfar).
“Sem o Pepfar, o maior programa de VIH em todo o mundo, estimamos que nos EUA poderíamos ver mais de 6 milhões de novas infecções com VIH e 4 milhões de mortes relacionadas ao VIH, afirmou. Segundo Anne Shongwe, o Fundo Global não é capaz de continuar a dar o mesmo nível de apoio, ainda que continue.
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