Num mês em que se celebra o combate à diabetes, o grupo ALIVA saúde realizou, no último sábado, a i jornada de diabetes, um evento que contou com a presença de profissionais no ramo da endocrinologia. Entre os principais aspectos em torno da patologia está a não-aceitação por parte dos doentes diagnosticados
Doença, que foi tema de discussão numa das salas do Hotel Alvalade, em Luanda, continua a ser uma das grandes causas de morte em todo o mundo, com principal destaque em África, sendo por isso que Vera Fontes, directora clínica do grupo ALIVA, destaca o objectivo do evento como o de sensibilizar a comunidade médica e unir profissionais de várias instituições para que juntos consigam criar estratégias de sensibilização da população de forma geral.
Os endocrinologistas destacaram, entre muitos aspectos, a mentalidade dos pacientes que precisam aceitar que têm a doença, para que esta comece a ser controlada o mais cedo possível. Antes da abordagem hospitalar, tal como afirmam, a diabetes deve começar a ser controlada e diagnosticada a nível de cuidados de saúde primários.
“Nas camadas mais baixas da população em geral, onde temos inseridos os colegas da medicina geral e familiar e os colegas dos cuidados de saúde primários, deve haver rastreio e há critérios específicos. Portanto, antes de chegar ao hospital, que é, no fundo, quando já vamos tratar as complicações e a diabetes numa forma mais avançada, devemos pensar em rastrear, e isto deve estar incluído nos cuidados pri- mários, que são os que estão mais próximos da população”, explicou Vera Fontes.
A I Jornada de Diabetes contou com vários especialistas em endocrinologia, subdivididos em três painéis, dissertando, entre outros, temas como os desafios da diabetes, classificação, estratégias no tratamento e mitos e verdades sobre a doença que assola também o nosso país.
Os profissionais apresentaram como um dos grandes desafios, no contexto nacional, o preço alto dos medicamentos, principalmente a metaformina e a insulina, o que torna difícil o tratamento de alguns pacientes, dificuldade esta que se alia à dificuldade de acesso aos cuidados de saúde. “A vida do diabético angolano não é fácil”, atirou Vera Fontes









