A Casa Civil da Presidência da República inaugurou, na terça-feira, uma cozinha comunitária no município dos Gambos, província da Huíla, no âmbito dos esforços de combate à fome, à pobreza e de promoção da inclusão social na região. A iniciativa integra um projecto mais amplo que prevê a construção de cinco cozinhas comunitárias, quatro das quais no Lubango
A nova infra-estrutura, erguida na comuna do Chianje, vai beneficiar cerca de 200 pessoas, entre crianças, idosos e portadores de albinismo, com refeições diárias e formação profissional. A cozinha servirá ainda como espaço de inclusão produtiva para as famílias mais carenciadas, com vista à sua auto-sustentação.
Durante o acto de entrega, o vice-governador provincial para o sector técnico e infraestruturas, Hélio de Almeida, destacou o compromisso do Governo com a responsabilidade social, considerando a acção como um passo concreto na luta contra a insegurança alimentar.
“O município dos Gambos tem sido severamente afectado pelas alterações climáticas e escassez de chuvas. Estamos a trabalhar para retirar esta região do mapa da fome e inseri-la na rota do desenvolvimento”, afirmou.
Hélio de Almeida sublinhou que a iniciativa visa garantir três refeições por dia para os beneficiários, especialmente as crianças, contribuindo para o seu crescimento saudável e para o desenvolvimento da província.
Por sua vez, o administrador municipal dos Gambos, Francisco Barros, explicou que a cozinha comunitária será também um centro de formação e inclusão, com aulas de alfabetização, oficinas de costura e panificação, com a meta de criar pequenos negócios que garantam a sustentabilidade do equipamento. “Queremos que esta cozinha vá além da assistência alimentar.
A ideia é ensinar as pessoas a produzir, a tornarem-se autónomas e integradas na vida económica local”, declarou. Actualmente, o município dos Gambos ainda contabiliza cerca de 14 mil pessoas afectadas pela fome, apesar de melhorias pontuais com a última época chuvosa.
O administrador agradeceu à Casa Civil da Presidência da República pela escolha do município e reforçou a importância do projecto na mitigação dos efeitos da seca. “O impacto desta acção é profundo. Vai permitir melhorar a qualidade de vida das populações, que é o objectivo central do nosso Executivo”, concluiu.
Por: João Katombela, na Huíla