A medida sobre a retirada da subvenção das tarifas aéreas na rota Luanda-Cabinda e vice-versa, pondo fim ao subsídio às viagens operadas pela TAAG, vai impactar negativamente na vida da população local. Para uma região geograficamente separada do resto do país e que vê o transporte aéreo como principal meio para viajar, a população não recebeu de bom grado a notícia e reagiu de forma enérgica contra a medida
Cabinda não tem ligação terrestre com o resto do país, por isso, a sua população depende principalmente do transporte aéreo para se deslocar para o resto do território nacional.
Para atenuar os custos da viagem, o Presidente da República e Titular do Poder Executivo (TPE), João Lourenço, através do decreto presidencial n.º 325-A/17, de 12 de Dezembro, tomou a decisão em subvencionar as passagens aéreas na rota Cabinda-Luanda, justificada como uma medida de natureza política (justiça social), já que, provavelmente, do ponto de vista económico ela não seria tão sustentável, nem recomendável, mas necessária.
Aliás, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, sublinhou recentemente que o transporte aéreo continua a ser essencial para a redução da insularidade de Cabinda, uma província separada geograficamente do restante território nacional.
POR: Alberto Coelho, em Cabinda