A Polícia Nacional de Angola (PNA) revelou, hoje, em conferência de imprensa, que a “Operação Recolha de Armas de Guerra”, realizada durante 100 dias ininterruptos, resultou na apreensão de 31.392 armas de guerra em posse de empresas privadas de segurança (EPS) e sistemas de autoproteção (SAP) em todo o território nacional.
Além das armas, foram confiscados 35.388 carregadores e 214.613 munições. A operação, iniciada em 18 de fevereiro, tem como principal objectivo retirar armamento proibido do sector e substituí-lo por armamento autorizado por lei, visando maior controlo e segurança na área da segurança privada.
Segundo o balanço apresentado, a operação alcançou uma taxa de eficácia de 82% em sua fase de conclusão.
Com excepção das províncias de Luanda e Cunene, as demais províncias superaram a meta de 90% na recolha de armas de guerra em posse das EPS e SAP.
A PNA informou ainda que foram importadas 14.320 armas de defesa, das quais 12.771 já foram comercializadas para as empresas de segurança. Do total, 9.955 são espingardas calibre 12 mm e 99 são pistolas calibre 7,65 mm, todas registadas em conformidade com a legislação vigente.
A demanda total por armas de defesa por parte das EPS e SAP foi plenamente identificada, tendo sido atendida em 31% até o momento.
Tolerância zero para irregularidades futuras
A Polícia Nacional alertou que, a partir de agora, qualquer irregularidade relacionada à posse ou uso de armas proibidas resultará na instauração de processo criminal, conforme previsto no Código Penal e no Regime Geral das Contraordenações.
A PNA também apelou à população para que denuncie vigilantes que estejam portando armas de guerra, reforçando o compromisso com a legalidade e a segurança no setor da segurança privada.
Por: Onésimo Lufuankenda