A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a Azule Energy e parceiros do Bloco 18 procederam, recentemente, à doação de um Complexo Escolar de artes e ofícios, de 12 salas de aula, à Igreja Católica, uma acção enaltecida pelo bispo da Diocese de Benguela, Dom António Jaka. O prelado entende que o gesto materializa a filosofia de educação levada a cabo por aquela instituição religiosa. As empresas abriram os cordões à bolsa e, de lá, retiraram mais de 600 mil dólares norte-americanos para a construção e apetrechamento da unidade escolar
O corte da fita inaugural da escola, a qual se chama “Complexo Escolar Católico BLA – Santa Cecília”, localizado no bairro da Kassai, no Lobito, que teve a RISE Angola como empreiteiro, coube à vice-governadora para o sector Político, Económico e Social, Cátia Cachuco.
O empreendimento escolar vem materializar a filosofia da Igreja Católica relativa à formação de quadros – como sublinhou o bispo da Diocese de Benguela, António Jaka, em declarações à imprensa.
O prelado católico louvou o investimento feito pelas empresas em causa, realçando que, deste modo, a Igreja continua, cada vez mais, focada na formação de quadros, de que o país tanto precisa.
Os patrocinadores justificaram, em nota, à qual este jornal teve acesso, que a acção representa, de resto, um passo significativo na promoção da educação e desenvolvimento comunitário e, por conseguinte, reflecte o compromisso da ANPG, Azule Energy, parceiros do Bloco 18, Sonangol e Sinopec para com a promoção do desenvolvimento sustentável das comunidades locais do país, alinhadas com as metas do Governo no que se refere ao desenvolvimento.
A infra-estrutura, com 12 salas de aula, vai acolher 1.200 alunos ao ano é vocacionada a artes e ofícios – segundo a nota dos patrocinadores a que aludimos acima.
O representante da Azule Energy, Helder Silva, reiterou o compromisso da sua instituição e parceiros para com a garantia de construção e/ou reabilitação de infraestruturas sociais em Benguela, tendo citado, a título de exemplo, o facto de estarem, igualmente, envolvidos na reabilitação do Centro Ortopédico, já na sua fase final, cuja entrega ao Governo de Benguela está para breve.
Silva dá, igualmente, nota da construção de um Centro Médico no município da Ganda. “Este projecto vai terminar no terceiro trimestre deste ano, assim como um centro médico na aldeia do Kapilongo, com acesso à água e energia”, disse.
A par disso, aquela empresa tem desenvolvido projectos de desminagem, sendo que, até ao ano passado, tinham desminado “toda a província de Benguela”.
Por seu turno, o mentor do complexo escolar, Padre José Mombua, salienta que o complexo foi desenhado pela Diocese de Benguela e consiste em acompanhar as crianças, desde tenra idade, sendo que a grande novidade, para já, é a introdução das artes, designadamente musical, informática, desportiva, línguas (francês e umbundu) na componente da educação. Inaugurado que está, o complexo entra em funcionamento no próximo ano lectivo, mas as inscrições já estão abertas.
O padre José Mombua refere que, “em termos de funcionários, temos aqui cerca de 80, dos quais 50 por cento serão professores.Alguns profissionais estão a ser seleccionados. Temos cooperação com as grandes orquestras.
A nossa praça também já representa alguns profissionais”, garante. Por sua vez, Domingos Cunha, da ANPG, um outro patrocinador, sublinhou que a conclusão com êxito do complexo escolar foi fruto da parceria entre o sector petrolífero e o Governo da Província de Benguela e visou responder à solicitação feita pela Igreja Católica.
Realça que a ANPG vê na educação um dos eixos prioritários da política de responsabilidade social. Cunha manifesta-se, porém, convicto de que a qualidade do processo de ensinoaprendizagem requer a participação de todas as forças vivas, “tanto na missão didáctica como na dimensão de infra-estruturas para a harmonia necessária entre os homens e os meios”, ressalta.
O complexo escolar BLA 2036 Santa Cecília dispõe de oficinas, espaços de recreação, biblioteca e zona administrativa e o mesmo enquadra-se na carteira de projectos sociais do sector petrolífero, financiado pela Agência Nacional de Petróleo e Gás e Bio-combustíveis e os parceiros do Bloco 18, “operado pela Azule Energy, que tem como membros do grupo empreiteiro a Sinopec e a Sonangol, EP”, revelou Domingos Cunha.
Já a vice-governadora para o sectores Político, Económico e Social, Cátia Cachuco, considerou a educação um sector fundamental para a transformação do homem e, por isso, desempenha um papel fundamental, sendo essencial para o progresso da sociedade.
Cachuco frisou que a construção do complexo escolar é um grande exemplo de compromisso para com a responsabilidade social das aludidas empresas, por reservarem iniciativas que favorecem o progresso educacional na província.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela