O nascimento de Abner Heping Lima Marcelino, no dia 5 de Setembro de 2024, a bordo do navio-hospital-militar chinês Arca da Paz, que atracou no Porto de Luanda fruto de uma cooperação entre os governos angolano e chinês, deveria simbolizar uma história de esperança e diplomacia. Contudo, quase 11 meses depois, o rebento continua sem um registo de nascimento oficial no território angolano, fruto, segundo os progenitores da criança, da intransigência das autoridades angolanas
A nossa reportagem cruzou com o casal André Marcelino e Sónia Lima na cerimónia de recepção por ocasião do 98.º aniversário da fundação do Exército de Libertação Popular da China, ocorrida na última segunda-feira, 4, na Embaixada da China em Angola.
Ao recordar os momentos que antecederam o nascimento do seu terceiro filho, Sónia Lima revelou com emoção e surpresa o momento do parto. “Foi uma experiência boa, diferente das outras. Gostei do atendimento. Foi super fixe”, disse, ao lembrar que, embora não tenha compreendido a linguagem da equipa médica chinesa, a comunicação foi viabilizada por aparelhos de tradução automática.
O nome do bebé — Abner Heping — também tem uma carga simbólica. “Heping”, sugerido por um membro da tripulação chinesa, significa “harmonia” e “paz”, o que reflectia o espírito da missão médica. Todavia, esta história de união cultural “tem enfrenta- do barreiras burocráticas e jurídicas”.
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