O Tribunal de Comarca do Lubango retoma hoje o julgamento do processo- crime que tem como principais arguidos o presidente do Tribunal Inter-Arquidiocesano do Lubango, padre Abrão Tyipa, de 80 anos, e o empresário Baptista Tchiloia, acusados de calúnia e difamação contra o arcebispo do Lubango, Dom Gabriel Mbilingui, e outros membros do clero local
As duas primeiras sessões do julgamento (que iniciou a 16 de Abril do corrente ano) serviram para ouvir os arguidos e alguns declarantes, com destaque para o próprio arcebispo, este último ouvido numa audiência à porta fechada. O processo está relacionado com a alegada divulgação, nas redes sociais, de informações sobre a existência de uma suposta rede criminosa liderada por membros da Igreja Católica, nomeadamente o padre Américo da Costa Gomes, pároco da igreja Nossa Senhora da Muxima do Toco.
A última sessão, de 18 de Junho, realizada na 1.ª Secção dos Crimes Comuns, decorreu das 10h às 21h. O arcebispo Dom Gabriel Mbilingui esteve presente, sem trajes eclesiásticos, usando apenas o cabeção. A imprensa foi retirada da sala antes do seu depoimento, a pedido do próprio arcebispo, segundo os oficiais de justiça.
Após o interrogatório do arcebispo, foi ouvido o padre Américo da Costa Gomes, na qualidade de ofendido. Entretanto, o julgamento foi interrompido por falta de esclarecimentos por parte do Ministério da Agricultura, principal doador de bens para um suposto projeto agrícola a ser implementado na Missão Católica da Vila da Ponte, no município do Kuvango, destinado a beneficiar centenas de jovens do sul do país.
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