O coordenador da organização não-governamental Omunga, João Malavindele, procedeu, recentemente, à entrega ao Governo Provincial de Benguela de mais de 300 assinaturas recolhidas, no âmbito da campanha “Salve Vidas”, que visa exigir a iluminação pública na Estrada Nacional 100, percurso Benguela/ Lobito, e lembra às autoridades locais da necessidade de se solucionar o problema
João Malavindele e um grupo de activistas que têm animado a campanha em curso apelam ao governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior, para a necessidade de cumprir a promessa feita em Julho deste ano, de acordo com a qual, até Agosto, haveria iluminação pública na estrada nacional número 100. O que Omunga nota é falta de cumprimento e diz que governador não se dignou a explicar as razões do não cumprimento.
Entretanto, constatações feitas por este jornal apontam que, depois das reclamações da Omunga, a via, no período da noite, passou a ser iluminada parcialmente, o que ainda constitui preocupação para muitos automobilistas que por lá têm circulado.
A parte até aqui iluminada está muito aquém daquilo que as autoridades prometeram. O coordenador da Omunga lamentou, no contacto com este jornal, que, estando em vigência o mês de Setembro, a questão da iluminação pública na aludida via não tenha sido até aqui resolvida.
“O Governo não cumpriu a sua promessa”, apontou o activista, ao reconhecer, no entanto, o curso das obras, embora lamentasse a falta de informações relativas ao empreiteiro e orçamentos – como ditam as normas.
“Para nós, em termos do nosso trabalho de advocacia, podemos considerar que nós conseguimos atingir os nossos objectivos, até porque quem tem a responsabilidade de colocar as lâmpadas e satisfazer as necessidades dos cidadãos é o Governo, porque ele é que gere os nossos dinheiros”, argumenta.
Com as assinaturas recolhidas, que são mais de 300, para além de exigir a reposição de iluminação pública, Malavindele e pares pretendem, igualmente, voltar a sentar-se à mesma mesa com o governador, a fim de que, na qualidade de promotores da campanha – que teria resultado em marcha – percebam os meandros do projecto em si.
“Por exemplo, há falta de informação, um placard que diz quando é que vai terminar a obra, quem é o empreiteiro, quanto custa… Ou seja, qual é o orçamento, digamos assim, que foi alocado para esta obra”, observou. De acordo com João Malavindele, a Omunga está aberta ao diálogo e vai continuar a acompanhar o trabalho que está a ser desenvolvido.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela