Apesar de a água constituir ainda um factor de luta diária dos residentes do bairro Paraíso, no município de Cacuaco, em Luanda, ao ponto de se socorrerem de camiões-cisternas e de outras fontes alternativas, a cólera, que desde Janeiro assola o subúrbio, regista poucos casos diários
O presidente da comissão de moradores do bairro Paraíso, Miranda Lopes Dembo, admitiu que os quatro camiões-cisternas disponibilizados pela administração municipal do Cacuaco, para abastecer água aos residentes, são insuficientes a julgar pelos estimados 152 mil habitantes, o que obriga a população local a recorrer a outras fontes pouco convenientes, para se conter e controlar o surto da cólera.
“Mas ainda assim, a nossa comissão tem trabalhado junto da população para reforçar as medidas de prevenção contra a cólera com a distribuição de hipoclorito de sódio ou lixívia. A população cumpre com a dosificação das cinco gotas recomendadas”, explicou o líder da comunidade, tendo acrescentado que a direcção municipal de saúde entregou a lixívia à comissão de moradores para esta fazer a distribuição à população.
De acordo com o presidente da comissão de moradores, diariamente, recebem quatro a cinco cisternas de água. Independentemente de certas zonas estarem já a jorrar água da conduta, a comissão do Paraíso faz questão de alocar o precioso líquido nas zonas de difícil acesso desse bem. Miranda Dembo considera um desafio diário, porque, todos os dias, têm de contactar os homens dos camiões-cisternas, para lhes dizer que precisam de água para uma ou outra zona do bairro.
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