No bairro Mulenvo Sul, município do Kilamba, depois da zona da Engevia, a ausência de serviços sociais básicos está a comprometer a qualidade de vida dos moradores. Educação, saúde, energia, água e mobilidade figuram entre as principais carências apontadas pela população, que diz ter sido abandonada pelas autoridades competentes
Sem uma escola pública nas redondezas, muitas crianças são obrigadas a percorrer longas distâncias, até ao Zango ou Kapalanca para estudar. O trajecto, além de cansativo, coloca os menores em risco, já que implica atravessar a movimentada estrada Fidel de Castro, conhecida como via expressa, sem a existência de passadeiras ou pedonais. “Quem tem algum dinheiro coloca os filhos nos colégios privados que vão surgindo.
Quem não tem, submete os miúdos ao perigo, a longas caminhadas, até ao Zango ou Kapalanca, atravessando a via expressa, o que tem causado mortes. Actualmente, nunca passamos um mês sem notícia de atropelamento”, alertou João António, coordenador da comissão de moradores.
De acordo com o responsável, quando o Mulenvo Sul ainda integrava o município de Viana, havia a promessa da construção de três pedonais. No entanto, com a transição administrativa para o Kilamba, a situação manteve-se inalterada. “Já reportei este problema muitas vezes à Administração de Viana e ficamos com a promessa de ganhar três pedonais. De lá para cá, sequer uma pedonal foi construída”, lamentou.
POR: Stélvia Faria
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