Cento e oitenta e cinco pessoas morreram por malária no primeiro semestre do ano em curso na província do Cubango, representando um aumento de 62 óbitos em relação ao igual período anterior, informou a chefe de departamento de saúde pública, Cristina Luísa
Em declarações hoje à ANGOP, a responsável disse que, de Janeiro a Junho deste ano, foram diagnosticados 176 mil 125 casos de malária, contra 137 mil e 962 do período análogo, situação que está a preocupar as autoridades sanitárias na região.
Avançou que as crianças com idades compreendidas entre os zero e cinco anos, assim como adolescentes, constituem os grupos mais afectados. A supervisora apontou a chegada tardia dos doentes às unidades sanitárias, após o agravamento da doença, como principal causa de mortes, destacando os municípios de Menongue, Cuchi e Caindo como os mais afectados.
Face a esta realidade, solicitou à população no sentido de reforçar as medidas de higiene e saneamento nas comunidades, bem como procurar atempadamente os serviços de saúde para a redução da doença na região.
A especialista em saúde pública disse que, durante o ano em curso, as autoridades sanitárias na região estão a intensificar as acções de sensibilização da população sobre a doença, com vista a reduzir o pico dessa enfermidade em toda a extensão da província.
Constam das acções da direcção de saúde pública a sensibilização da população sobre a importância da utilização de mosquiteiros e repelentes, sobretudo nas crianças, bem como a necessidade de eliminar o capim em redor das habitações, os charcos e os focos de lixo, como forma de prevenir a propagação da doença. Garantiu que a província dispõe de medicamentos suficientes para atender os pacientes nas unidades sanitárias.
Ainda que no âmbito das acções de prevenção e combate à malária, no ano corrente já foram distribuídos centenas de mosquiteiros impregnados com insecticidas a crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas, bem como se realizou fumigação domiciliária.