A província de Malanje dispõe de mais de 500 mil hectares de terra destinados ao investimento do sector agro-industrial privado, reafirmou, ontem, quinta-feira, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico, Franco Mufinda
Discursando na abertura do Open Doors Agro, um evento promovido pelo Instituto de Tecnologia Agro-Alimentar, que visa fortalecer a colaboração entre a academia e o sector agro-alimentar em Angola, afirmou que as referidas terras são propícias ao cultivo de cereais, grãos, batata-rena, batata-doce, mandioca, feijão, soja e amendoim.
O responsável disse que o Executivo angolano, em particular o Governo de Malanje, vê o sector agro-alimentar como um pilar estratégico para garantir a segurança alimentar, a diversificação económica e a geração de empregos.
Explicou que, em 2024, o Governo de Malanje apoiou 60 mil famílias camponesas com inputs e outros meios agrícolas, bem como preparou 200 mil e 76 hectares, onde foram produzidas 2,5 milhões de toneladas de vários produtos, dos quais 1,8 milhão de toneladas de mandioca.
Frisou que o Governo Provincial controla 100 cooperativas, mil associações camponesas, 17 grandes fazendas, 217 médias fazendas, mil pequenas e micro fazendas e 130 escolas de campo, que contribuem para o engrandecimento do sector agro-pecuário.
Em relação ao evento, Franco Mufinda considerou-o um caminho para se encontrarem parcerias entre a Universidade Rainha Njinga Mbande (URNM) e agentes do sector agro-alimentar, com o intuito de aprimorar os estágios dos estudantes e modernizar os programas académicos com base nas exigências do sector produtivo.
Precisou que a Universidade, enquanto promotora desta iniciativa, tem a responsabilidade de formar estudantes com qualidade, em alinhamento com os desafios dos sectores académico e produtivo, uma vez que a sua missão é alavancar a economia nacional e criar oportunidades de emprego.
Por sua vez, o reitor da URNM, Eduardo Ekundi Valentim, assinalou que o mundo exige actualmente das universidades uma acção mais activa e impactante na vida das comunidades e no desenvolvimento socioeconómico e científico.
Entretanto, ressaltou que a segurança alimentar é um dos grandes desafios do Executivo angolano; por isso, o Instituto de Tecnologia Agro-Alimentar da URNM decidiu realizar o “Open Doors”, que contribuirá para o fomento da produção alimentar, assente em evidências científicas.
Manifestou o desafio da Universidade de continuar a consolidar a sua aproximação às instituições do sector produtivo e à sociedade civil, com o objectivo de juntos traçarem políticas para a satisfação dos problemas sociais.
O evento, com duração de dois dias, abordará aspectos ligados ao futuro do sector agro-alimentar em Angola, estratégias de modernização curricular, expectativas do sector para os graduados, desenho de programas de estágio e inovação académica, contando com a participação de académicos, representantes do Fundo de Garantia de Crédito, ADRA e do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS).









