O Projecto de Formação de Recursos Humanos em Saúde (PFRHS) já beneficiou 10.200 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico terapêutico, o que corresponde a 20% da meta de 38 mil profissionais a formar até 2028, disse o coordenador do programa, Job Monteiro
Implementado há 16 meses, o Projecto de Formação de Recursos Humanos em Saúde (PFRHS) tem proporcionado formações no país e no exterior para médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico terapêutico e outros, sendo que já se conta com cerca de 10.200 beneficiários directos.
“Cerca de 20% da capacitação ocorre fora de Angola, enquanto, internamente, já estão em formação 4.300 médicos”, disse. Segundo Job Monteiro, no ramo da enfermagem decorrem cursos em 12 polos de formação, com 3.950 profissionais a frequentarem dez especialidades.
Entre elas, sete são novas, como enfermagem em cuidados intensivos, nefrologia, infecciologia e dermatologia com ênfase em tratamento de feridas. Além da formação clínica, o projecto aposta em parcerias com universidades.
Destacam-se o mestrado em Gestão Hospitalar, desenvolvido em conjunto com a Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto, cursos de capacitação pedagógica, investigação científica, gestão de competências e gestão de recursos humanos.
“Temos imersões permanentes e capacitação em gestão de competências e também gestão de recursos humanos”, disse Job Monteiro. O coordenador adiantou que novas acções serão implementadas ainda este ano, sendo que em Novembro está previsto o início da formação em larga escala de três mil técnicos de diagnóstico e terapêutica.
“No princípio do mês de Novembro vai começar a formação em números expressivos a nível do país para técnicos de diagnóstico e terapêutica. Está prevista a formação de três mil profissionais” referiu.
O coordenador e gestor técnico do Projecto de Formação de Recursos Humanos em Saúde, Job Monteiro, lembrou que o programa tem financiamento do Banco Mundial e que prevê que até 2028 sejam especializados 38 mil profissionais, entre os quais três mil médicos, nove mil enfermeiros, nove mil técnicos de enfermagem e técnicos de diagnóstico terapêutico, quatro mil profissionais do regime geral e quatro mil profissionais do apoio hospitalar.
O coordenador fez referência que, na segunda-feira, 18 de Agosto, teve início uma imersão em gestão pedagógica destinada aos directores pedagógicos das unidades sanitárias formativas.
“O objectivo é reforçar a planificação das acções de capacitação, promovendo uma abordagem colegiada que envolva médicos, enfermeiros, técnicos e profissionais do regime geral”, disse.
Monteiro explicou que as formações estão a decorrer em todo o país, embora haja assimetrias entre unidades hospitalares, tanto em termos de recursos humanos quanto de equipamentos tecnológicos de apoio ao diagnóstico.
Para contornar essas limitações, disse que o projecto prevê a criação de uma plataforma nacional que permitirá organizar a rotação de internos. “Assim, um profissional em formação poderá permanecer parte do tempo na sua província e realizar rotações em hospitais de outras regiões, sempre que a especialidade exigir maior suporte tecnológico.
Por exemplo, internos em radiologia ou imagiologia poderão ser encaminhados para Luanda, no Complexo de Doenças Cardiopulmonares Cardial do Alexandre Nascimento, onde existem equipamentos adequados”, disse o coordenador, que destaca o objectivo desta imersão que é criar um espaço de diálogo para superar as dificuldades na organização das rotações.
Além disso, a unidade de implementação do projecto vai garantir todo o apoio logístico necessário para que médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico terapêutico realizem as suas formações de forma integrada”, concluiu Job Monteiro.