Não obstante ao facto de ser a mais desenvolvida das restantes províncias, a capital angolana é apontada como aquela onde mais se efectuam abortos induzidos, tal como relata o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS), apresentado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no presente mês
A frase “ide, multiplicai e enchei a terra” (encontrada na Bíblia Sagrada, em Génesis, capítulo um, versos 28) é, para os cristãos, uma das mais marcantes frases ditas por Deus, que mostra a importância de um homem unir-se a uma mulher para gerar descendentes. Para africanos (e angolanos, em concreto), o filho é uma dádiva concedida por Deus.
No entanto, o momento em que recebe o presente entregue pelo Criador é definido por quem o quer receber, ou, em certos casos, está preparado para arcar com as responsabilidades. Para quem prefere receber prematuramente, os riscos são maiores e o curso da vida muda de um momento para o outro, mas há ainda quem pense que isso pode ser evitado, mesmo constituindo um crime.
Entretanto, ninguém melhor que a nossa primeira personagem para o comprovar. A jovem, que prefere não ser identificada, percebeu o quão arriscado seria ter um filho nos braços tão cedo, razão pela qual, quando engravidou, aos 18 anos de idade, preferiu “evitar o mal” que a maternidade lhe iria causar, interrompendo, inclusive, o seu percurso académico que ainda estava por ser trilhado, estando na altura, a iniciar a 13.ª classe.
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