O Secretariado Executivo do Comité Nacional da Liga da Mulher Angolana (LIMA) expressou, nesta quinta-feira, 31, profunda indignação e consternação com a morte de Ana Mubiala, baleada à queima-roupa por um agente da Polícia Nacional no bairro Caop-A, em Luanda, nesta quarta-feira, 30 de Julho.
Segundo uma nota de imprensa do braço feminino da UNITA, a que OPAÍS teve acesso, a organização condena o acto que considera “violento” e exige responsabilização do agente e uma reforma urgente na actuação policial.
Ainda de acordo com a organização, o assassinato de Ana Mubiala não é apenas uma tragédia social, mas uma grave violação da Constituição da República de Angola, que no seu artigo 30.º consagra o direito à vida como inviolável.
A nota sublinha que Angola como membro das Nações Unidas e signatária da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, tem a obrigação de garantir o direito à vida a todos os seus cidadãos.
Para a LIMA, a violência de Estado contra cidadãos, particularmente mulheres, é um “sintoma alarmante de uma sociedade em colapso moral”. Por isso, a organização exorta o povo angolano a continuar a lutar de forma firme e consciente pelos seus direitos fundamentais, apelando, contudo, à “prudência, sabedoria e respeito pelos bens públicos e privados”.
“A LIMA diz basta. Basta de sangue. Basta de impunidade. Basta de fazer do povo um alvo”, lê-se na nota.
POR: Onésimo Lufuankenda