A juíza Anabela Valente manifestou, na audiência de julgamento, que errou ao ter aceitado a inclusão do advogado Heráclito Pedro, o defensor da empresa Angola Drill Company (ADC), SA, como assistente por este estar a defender interesses particulares, não o do Estado. A sessão de ontem foi dedicada à audição do general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino” e hoje vão ser ouvidos o cidadão chinês Yiu Haiming (ex-director da CIF Angola) e o advogado Fernando Gomes dos Santos
A magistrada judicial fez estes pronunciamentos após o causídico ter interrogado o general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, com vista a obter informações sobre a titularidade do terreno em que está edificado o CIF One Luanda, bem como a origem dos fundos que terão sido aplicados para a sua construção.
“Foi um erro da minha parte ter deferido o vosso pedido para se constituir assistente neste processo, porque o ilustre advogado está a defender interesses particulares, não do Estado”, desabafou, ressaltando que tal não deveria ter ocorrido pelo facto de a ADC estar envolvida num outro processo judicial que corre os trâmites no Tribunal Civil de Luanda, relacionado com a titularidade do referido imóvel.
O advogado confrontou o antigo ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, com uma declaração de entrega dos diversos bens apreendidos neste processo, datado de 13 de Outubro de 2020, em que faz referência que o referido prédio foi erguido pela China Internacional Found (CIF) Hong Kong, com capitais próprios.
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