O jornalista do Jornal OPAÍS, João Katombela, foi o grande vencedor da categoria Imprensa Escrita do Prémio Provincial de Jornalismo na Huíla, pela segunda vez, sendo a primeira em 2019.
Questionado sobre o sentimento por esta altura, Katombela disse que a distinção representa um reconhecimento da responsabilidade do jornalismo huilano.
O prémio, conquistado por uma reportagem sobre os escândalos da Igreja Católica, foi recebido com surpresa pelo jornalista, que inicialmente hesitou em submeter o trabalho devido à natureza sensível e polémica do tema.
“Confesso que não esperava por ele, porque o tema que apresentei para o mesmo gerou muito debate, porque traz ao de cima, os escândalos da igreja católica, sendo eu filho desta igreja, já devem imaginar o que passei”, revelou o jornalista.
Katombela relatou ter recebido telefonemas de ameaça e crucificação, mas a confiança dos colegas de redacção, como Teodoro Albo e Adriano Gomes, e a avaliação positiva do coordenador de conteúdos Dani Costa, deram-lhe a coragem para formalizar a candidatura.
Satisfeito, Katombela dedicou o reconhecimento à sua família, em especial aos seus filhos, que frequentemente são privados de momentos públicos com ele por questões de segurança, ao mesmo tempo que estendeu a homenagem à mãe e ao pai, este último, falecido recentemente.
O jornalista fez ainda um agradecimento especial aos colegas do OPAÍS, nomeadamente os editores, com quem, segundo ele, embira quando não publicam um texto de sua autoria.
Sublinhou a necessidade de se colocar o “jornalismo huilano no estado de reanimação, para que o epíteto celeiro de jornalistas não vá a óbito” concluiu, reforçando a urgência de manter um jornalismo de qualidade e responsável na Huíla.
Nesta edição, houve o sub-prémio Angola 50 anos de independência, cujo vencedor foi a jornalista do Jornal de Angola, Arimatéia Baptista, Cândido Samukepe, categoria televisão e grande prémio, e Adriano Gomes, jornalista da Rádio Mais, que venceu na categoria de Rádio.