Um incêndio destruiu,nesta quartafeira, 44 cabanas, tendo deixado ao relento igual número de famílias e destruído 15 celeiros artesanais que armazenavam produtos agrícolas como milho, feijão, gengibre, massango, massambala, mandioca, entre outros
O incidente ocorreu na aldeia Luassingua, a 37 quilómetros do município do Longa, província do Cubango, sendo que a maioria dos sinistrados residia na área apenas para fins agrícolas.
De acordo com o comandante dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros (CPPCB) do Cubango, comissário-bombeiro Flávio Chimbundi, o fogo teve origem numa fogueira feita dentro de uma das cabanas por um habitante local, que perdeu o controlo sobre as chamas. “Das causas apuradas no local, tratou-se de negligência. A fogueira rapidamente se propagou, atingindo as habitações e celeiros”, explicou.
O incêndio, conforme explicou, consumiu não apenas as estruturas habitacionais, mas também lavras, sementes e alimentos já colhidos, comprometendo a subsistência das famílias que dependiam da agricultura.
O comandante destacou a preocupação do Governo Provincial, tendo garantido o levantamento das famílias afectadas para avaliar o tipo de apoio a ser prestado com a devida urgência.
Flávio Chimbundi aproveitou a ocasião para apelar à prudência da população, aconselhando os agricultores e aldeões a evitarem queimadas próximas de zonas habitadas e a não fazerem fogueiras dentro das cabanas.
Questionado sobre a identificação do autor da fogueira que originou o sinistro, o comandante disse que a pessoa ainda não foi localizada, mas que está em curso um trabalho para a sua identificação.
O responsável revelou ainda que o SPPCB tem desenvolvido campanhas de sensibilização junto das comunidades para reduzir os riscos de incêndio, sobretudo nesta fase de preparação da terra para a campanha agrícola para prevenir novas ocorrências.
Apesar de já terem sido registados outros incêndios de menor dimensão na região, o comandante confirmou que este foi o de maior proporção na aldeia Luassingua, deixando marcas profundas na vida da população local.
A Angop constatou no local a presença de uma equipa da Comissão Provincial de Protecção Civil e Bombeiros, liderada pela directora do gabinete provincial da Acção Social, Família e Igualdade do Género, Virgínia Manjolo, que procedeu ao levantamento dos danos e à avaliação do apoio imediato a ser mobilizado para acudir à situação por que passa a população afectada.